Os canteiros de obras em Minas Gerais estão perdendo trabalhadores para os serviços de “bicos” nas residências, o que prejudica a produtividade do setor. A falta de trabalhador qualificado representa 75,8% da preocupação atual do empresariado do estado, conforme dados da Sondagem da Indústria da Construção, feita pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
A pesquisa mostrou que a confiança do empresariado em relação à economia perdeu força em julho e registrou 55,8 pontos. Apesar de otimista (índice acima de 50 pontos), o indicador perdeu intensidade, ficando 2,5 pontos abaixo da pesquisa em junho (58,3 pontos). “As empresas saíram da fase de euforia e estão tentando se equilibrar. Mas o cenário macroeconômico internacional afetou o ânimo do empresariado”, afirma Teodomiro Diniz Camargos, presidente da Câmara da Indústria da Construção da Fiemg e conselheiro fiscal do Sinduscon-MG.
A escassez de mão de obra qualificada lidera as reclamações do empresariado mineiro, seguida pela elevada carga tributária (42,4%), alta taxas de juros (36,4%) e do custo da mão de obra (27,3%). “Muitos trabalhadores ficam três dias no canteiro de obras e fazem bicos no resto da semana. A demanda do mercado informal é forte, o que leva à queda de disponibilidade para fazer hora extra e trabalhar aos sábados”, explica Camargos.
O empresário afirma que em um passado recente era comum que os trabalhadores fizessem de 30 a 40 metros quadrados de piso na obra por dia. “Hoje dificilmente achamos um que faz 15 metros. Na minha empresa, por exemplo, o índice de faltas é de 35% na segunda-feira”, diz Camargos, que também é diretor da construtora Diniz Camargos. A maior parte dos problemas enfrentados hoje pelas construtoras está ligado à mão de obra, segundo o empresário. “A carga tributária está muito concentrada no valor da mão de obra. Se o gasto for alto, os impostos também serão elevados”, observa.
Dados do Sinduscon mostram que o custo da mão de obra representa hoje cerca de 53% do total da obra (fora o terreno), contra 47% do material de construção. “Há dois anos esses números eram inversos”, comenta Camargos. A pesquisa apontou que os empresários consideram as condições de acesso ao crédito desfavoráveis, apesar dos incentivos do governo ao financiamento. Em junho o indicador apontou 48,1 pontos. “Os bancos ainda estão conservadores para emprestar dinheiro para capital de giro na construção”, afirma Camargos.
A busca da industrialização do processo produtivo tem sido a alternativa buscada pelos empresários para tentar driblar a escassez de mão de obra. “Estamos nos empenhando em treinar os trabalhadores e usar mais tecnologia e menos mão de obra”, afirma Ítalo Gaetani, superintendente da Construtora Castor. A EPO Engenharia tem feito programas de incentivos de rendimento para evitar as faltas dos empregados ao trabalho. “Temos tido problemas principalmente com serventes de obras”, observa Jairo Dias, diretor operacional da empresa.
As vendas de materias de construção em Minas caíram 3% em julho deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2011. Em relação a junho, o aumento foi de 7%, segundo dados da Associação dos Comerciantes de Material de Construção de Minas Gerais (Acomac). “O endividamento está em alta e há insegurança do mercado em relação à crise na Europa”, diz Rui Fidélis, presidente da Acomac. A partir deste semestre, no entanto, a expectativa da Acomac é de melhora nas vendas.
A pesquisa mostrou que a confiança do empresariado em relação à economia perdeu força em julho e registrou 55,8 pontos. Apesar de otimista (índice acima de 50 pontos), o indicador perdeu intensidade, ficando 2,5 pontos abaixo da pesquisa em junho (58,3 pontos). “As empresas saíram da fase de euforia e estão tentando se equilibrar. Mas o cenário macroeconômico internacional afetou o ânimo do empresariado”, afirma Teodomiro Diniz Camargos, presidente da Câmara da Indústria da Construção da Fiemg e conselheiro fiscal do Sinduscon-MG.
A escassez de mão de obra qualificada lidera as reclamações do empresariado mineiro, seguida pela elevada carga tributária (42,4%), alta taxas de juros (36,4%) e do custo da mão de obra (27,3%). “Muitos trabalhadores ficam três dias no canteiro de obras e fazem bicos no resto da semana. A demanda do mercado informal é forte, o que leva à queda de disponibilidade para fazer hora extra e trabalhar aos sábados”, explica Camargos.
O empresário afirma que em um passado recente era comum que os trabalhadores fizessem de 30 a 40 metros quadrados de piso na obra por dia. “Hoje dificilmente achamos um que faz 15 metros. Na minha empresa, por exemplo, o índice de faltas é de 35% na segunda-feira”, diz Camargos, que também é diretor da construtora Diniz Camargos. A maior parte dos problemas enfrentados hoje pelas construtoras está ligado à mão de obra, segundo o empresário. “A carga tributária está muito concentrada no valor da mão de obra. Se o gasto for alto, os impostos também serão elevados”, observa.
Dados do Sinduscon mostram que o custo da mão de obra representa hoje cerca de 53% do total da obra (fora o terreno), contra 47% do material de construção. “Há dois anos esses números eram inversos”, comenta Camargos. A pesquisa apontou que os empresários consideram as condições de acesso ao crédito desfavoráveis, apesar dos incentivos do governo ao financiamento. Em junho o indicador apontou 48,1 pontos. “Os bancos ainda estão conservadores para emprestar dinheiro para capital de giro na construção”, afirma Camargos.
A busca da industrialização do processo produtivo tem sido a alternativa buscada pelos empresários para tentar driblar a escassez de mão de obra. “Estamos nos empenhando em treinar os trabalhadores e usar mais tecnologia e menos mão de obra”, afirma Ítalo Gaetani, superintendente da Construtora Castor. A EPO Engenharia tem feito programas de incentivos de rendimento para evitar as faltas dos empregados ao trabalho. “Temos tido problemas principalmente com serventes de obras”, observa Jairo Dias, diretor operacional da empresa.
As vendas de materias de construção em Minas caíram 3% em julho deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2011. Em relação a junho, o aumento foi de 7%, segundo dados da Associação dos Comerciantes de Material de Construção de Minas Gerais (Acomac). “O endividamento está em alta e há insegurança do mercado em relação à crise na Europa”, diz Rui Fidélis, presidente da Acomac. A partir deste semestre, no entanto, a expectativa da Acomac é de melhora nas vendas.