A produção nacional de café de 2012 será recorde, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de julho, divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa é de uma produção de 3 milhões de toneladas das duas principais espécies cultivadas, arábica e a canephora (conilon). O volume equivale a 50,8 milhões de sacas de 60 quilos, leve queda em relação à estimativa de junho, que foi projetada em 50,9 milhões de sacas.
A produção representa um acréscimo de 14,2% ante a safra de 2011 principalmente, por causa do café arábica, responsável por 75 2% da produção brasileira de café em grão. O IBGE destaca ganho de produtividade de 15,1%, "típico para um ano de alta".
A safra de café arábica em 2012 é estimada em 2.282.925 t (38,0 milhões de sacas de 60 quilos) e apresenta decréscimo de 0,3% em relação à estimativa de junho, creditado aos Estados de Pernambuco e Minas Gerais. "No primeiro Estado, a cultura do arábica foi fortemente prejudicada pela estiagem que assola grande parte do Nordeste e teve sua expectativa de produção reduzida em 66,7%. Já em Minas Gerais, maior produtor nacional, o decréscimo de 0,2% na produção se deve à constatação dos danos que a estiagem causou na Zona da Mata no início deste ano. A ocorrência de chuvas em julho, em algumas regiões do Estado, prejudicou o andamento da colheita, assim como a qualidade de parte do café já colhido", informou o IBGE.
Sobre o café conilon, o IBGE ressalta que, no comparativo mensal entre as estimativas, em julho, o Estado do Espírito Santo, primeiro produtor nacional, não modificou suas estimativas realizadas em junho e concentra os maiores rendimentos do País para esta espécie de café (média de 1.955 kg). As modificações em relação à estimativa realizada no mês anterior se devem principalmente ao Estado de Rondônia que, em julho, reavaliou a área total ocupada com a cultura (-3,8%) e a área colhida (-8 0%). Assim, a produção nacional estimada em julho decresceu 1,1% totalizando agora 751.760 toneladas.