O sentimento dos investidores com relação ao euro melhorou nesta manhã, em meio a um baixo volume de negociações. Dados relativamente melhores sobre a economia da Grécia e um leilão de títulos da Itália colaboram para o tom positivo do mercado de câmbio. A libra operou acima de US$ 1,57 e atingiu o nível mais forte neste mês.
O euro voltou a operar acima de US$ 1,23 depois de a Itália conseguir vender 8,0 bilhões de euros (US$ 9,829 bilhões) em títulos de 12 meses, conforme o planejado, embora o yield (retorno ao investidor) oferecido tenha sido mais alto do que o do leilão anterior dos mesmos papéis. Na Grécia o governo informou que o Produto Interno Bruto (PIB) teve contração de 6,2% no segundo trimestre, menos do que a queda de 6,5% registrada nos três primeiros meses do ano.
Analistas alertam que há poucos negócios no mercado de câmbio e por isso os movimentos das moedas podem ser exagerados. "Há muito pouco volume hoje. É difícil interpretar isso", comentou Adam Myers, estrategista do Credit Agricole. Myers destacou que, se não fossem as expectativas de mais estímulos monetários do Federal Reserve e do Banco Central Europeu (BCE), os mercados estariam bem mais fracos hoje.
O iene e moedas ligadas a commodities da Austrália e da Nova Zelândia reduzem as perdas apresentadas durante a sessão asiática frente ao dólar depois de dados piores do que o esperado sobre a economia do Japão. O governo japonês informou que a economia do país cresceu à taxa anualizada de 1,4% entre abril e junho, abaixo das previsões de avanço de 2,7%. Esse é o mais recente sinal de desaceleração na Ásia, após a China publicar indicadores fracos na semana passada.
Às 9h20 (de Brasília), o euro subia para US$ 1,2341, de US$ 1,2293 no fim da tarde de sexta-feira, e para 96,64 ienes, de 96,22 ienes, enquanto o dólar operava com leve alta a 78,30 ienes, de 78,27 ienes. A libra avançava para US$ 1,5693, de US$ 1,5689. O índice do dólar medido pelo Wall Street Journal estava em 71,46, de 71,62 na sexta-feira.