O dólar deve manter nesta segunda-feira o comportamento lateral em relação ao real que vem marcando os pregões domésticos desde o encerramento dos negócios no dia 2 de agosto. A oscilação tênue dos mercados internacionais e das moedas de emergentes correlacionadas com commodities pela manhã tende a confirmar o estreito intervalo para os negócios domésticos com câmbio, em dia de agenda econômica esvaziada. Com a defesa pelo governo de um câmbio forte no País, no entanto, dificilmente a moeda será capaz de romper o piso de R$ 2,00.
No mercado à vista, o dólar no balcão abriu a R$ 2,0170, com leve alta de 0,05% - mínima até o momento. Até 9h34, a máxima foi de R$ 2,0250, alta de 0,45%. Na abertura dos negócios com o dólar futuro, o contrato que vence em setembro de 2012 exibia ligeira alta de 0,03%, a R$ 2,0250. Até 9h32, o dólar para setembro de 2012 oscilou de R$ 2,0240 (-0,03%) a R$ 2,0345 (+0,49%)
Um operador de tesouraria de um banco local, que falou sob a condição de não ser identificado, disse que o mercado doméstico tende a seguir no "zero a zero", lembrando que na última sexta-feira o dólar à vista terminou o dia com variação contida pelo sexto pregão consecutivo. "Hoje, o mercado pode até ceder um pouco, mas sua tendência é se manter de lado", arrisca o profissional, em meio à queda da moeda dos EUA ante o euro e o comportamento ao redor da estabilidade ante moedas correlacionadas com commodities.
Às 9h36, o euro subia a US$ 1,2353, de US$ 1,2293 no fim da tarde de sexta-feira em Nova York. O dólar norte-americana tinha leve alta de 0,02% ante o dólar australiano; subia 0,04% diante do dólar canadense; ganhava 0,0650% ante a rupia indiana; e subia 0,11% diante do dólar neozelandês.
A moeda comum europeia é impulsionada pelo resultado do leilão de bônus da Itália, que conseguiu vender o total planejado, embora a um custo de financiamento mais elevado. A Alemanha também vendeu títulos, com um retorno médio ao investidor ainda mais negativo.
Em relação ao iene, às 9h27, o dólar estava estável, a 78,28 ienes, de 78,27 no fim da tarde de sexta-feira. O Japão anunciou um crescimento mais fraco do que o esperado do PIB no segundo trimestre. A economia japonesa cresceu 1,4% entre abril e junho de 2012, em relação a igual período de 2011, resultado que ficou bem abaixo da previsão de +2,7% e mostrou forte desaceleração em relação ao crescimento de 4,7% verificado nos três primeiros meses deste ano. Ainda assim, os dados representam o quarto trimestre consecutivo de expansão do país e foram garantidos pela demanda doméstica.
Internamente, investidores devem monitorar as declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em palestra promovida pelo Bradesco, nos EUA.