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Estado de Minas

Casarões cobiçados no Cidade Jardim agitam mercado imobiliário na região

Região passa a atrair mais empreendimentos comerciais. Charme, imóveis espaçosos e localização são destaques


postado em 14/08/2012 06:00 / atualizado em 14/08/2012 07:30

Comércio no bairro Lourdes comeca a migrar para o bairro Cidade Jardim. Na foto, novo restaurante na rua Conde de Linhares.(foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press.)
Comércio no bairro Lourdes comeca a migrar para o bairro Cidade Jardim. Na foto, novo restaurante na rua Conde de Linhares. (foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press.)


Construídos em meados do século passado, os casarões do Bairro Cidade Jardim resistem ao tempo e ao assédio das grandes construtoras. Mas pouco a pouco vêm cedendo ao interesse de empresários que, de 10 anos para cá, viram na arquitetura das mansões a oportunidade de abandonar o aperto e a concorrência das lojas na região Centro-Sul. A crescente saturação de bairros como Lourdes, Savassi, Anchieta e Sion, acelerou a chegada de empreendimentos comerciais de luxo na região. Entre eles, a consagrada marca de vestuário mineira Alphorria e O Conde restaurante de cozinha internacional aberto recentemente na região. Ajudam a compor essa tendência, escritórios de advocacia, academias, clínicas médicas e de estética que também se instalam no bairro.

Atualmente, só na Rua Conde de Linhares, das 33 mansões construídas entre a Av. do Contorno e a R. Teixeira Mendes apenas 11 ainda têm uso residencial. Outras 20 estão locadas para estabelecimentos comerciais e duas estão com placas para locação. Mesmo com o preço alto – similar ao praticado nos bairros vizinhos – cerca de R$ 29,07 o metro quadrado, o bairro se apresenta como boa opção devido ao charme de sua locação. Outra grande vantagem está no tamanho das casas, raro em outros locais da cidade. Há espaços que têm de 400 a 500 metros quadrados, com aluguel entre
R$ 14,5 mil a R$ 20 mil.

A queda na oferta de imóveis comerciais em toda a cidade somada à alta nos preços dos aluguéis justificam a mudança de foco por parte dos empresários.

Valorização


De acordo com pesquisa divulgada em julho pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), a oferta de imóveis comerciais apresentou elevação de 0,15%, enquanto o preço dos aluguéis subiu 0,92%. A alta na locação das casas comerciais foi de 0,63%. Já os andares corridos tiveram elevação de 0,60%; os galpões, de 1,19%; as lojas, de 1,03%; e as salas comerciais, de 1,04%. A elevação para as casas, porém, não assustou os empresários, que buscam cada vez mais a região.

Pioneira na decisão de se mudar para o Cidade Jardim, a grife mineira Alphorria, de Edna e Evaldo Tibal, ocupa uma casa de 1 mil metros quadrados há mais de 10 anos na região. Segundo Evaldo, a ideia veio da expectativa de que o bairro tivesse um futuro comercial promissor.

O restaurante O Conde, dos amigos de infância Tarcílio Vieira e Carlos Bruno Lacerda, que funciona na Rua Conde de Linhares, chegou há pouco mais de um mês na região. Erguido com investimentos de R$ 1,8 milhão, o restaurante especializado em culinária internacional foi montado em uma das casas mais suntuosas do bairro. “Lojas importantes e famílias tradicionais estão aqui no Cidade Jardim e também sentíamos falta de um bom restaurante”, diz Tarcílio. “Vimos aqui a nossa grande oportunidade já que este é um bairro charmoso, de poucos empreendimentos de entretenimento e que tem tudo para ser o Jardins de Belo Horizonte”, acrescenta Bruno. Já Guilherme Garzon, sócio-proprietário do restaurante Vitelo’s, abandonou um ponto já consolidado há 10 anos no Anchieta e se mudou para o Cidade Jardim. Isso porque o Anchieta, segundo Guilherme, se transformou em uma área propícia para o funcionamento de bares e os restaurantes perderam espaço.


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