Os contratos futuros de petróleo operam com leves quedas enquanto as persistentes preocupações com a oferta do Mar do Norte contrabalançam o aumento dos estoques nos Estados Unidos. Segundo analistas do Commerzbank, o avanço dos preços do petróleo chegou ao fim no momento.
"O brent já chegou à exaustão na semana passada, puxado pelas expectativas de uma produção menor em setembro no Mar do Norte, além de tensões geopolíticas e pequenos problemas na oferta", disse Andrey Kryuchenkov, analista do VTB Capital.
Agora o brent está abaixo da máxima em três meses e meio atingida na segunda-feira e fatores contribuindo para isso incluem a diminuição da esperança de relaxamento da política monetária dos EUA e o dólar recentemente firme, somados ao inesperado aumento de 2,8 milhões de barris nos estoques de petróleo bruto nos EUA na semana passada, como informado ontem pelo Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês).
Os dados do Departamento de Energia dos EUA (DOE) sobre estoques serão divulgados às 11h30 (pelo horário de Brasília) e, se confirmarem os números apresentados pelo API, que é um organismo industrial, os preços do petróleo poderão sentir pressão adicional, segundo analistas. Os EUA são o maior consumidor de petróleo do mundo.
"Mas o relatório do API tem ficado abaixo dos dados do DOE, portanto não é certeza que o DOE mostrará a mesma variação nos estoques", comentou Olivier Jakob, diretor-gerente da consultoria suíça Petromatrix. O contrato do brent para setembro expira na quinta-feira e, por isso, será o centro das atenções de muitos participantes do mercado. Como o contrato opera quase US$ 2 por barril acima do valor do contrato para outubro, os preços precisam ter uma alta correspondente para manter o ritmo estável daqui adiante, disse Jakob.
Kryuchenkov, do VTB Capital, afirmou que um fechamento sustentado acima de US$ 114 por barril levaria a ganhos para US$ 116 por barril e, depois, seguiria para US$ 120 por barril. "Por outro lado, prevemos um leve recuo com suporte para US$ 111 por barril", disse.
Às 8h28 (pelo horário de Brasília), o brent para setembro caía 0,22%, para US$ 113,78 por barril, e o brent para outubro declinava 0,16%, para US$ 111,97 por barril, enquanto o WTI para setembro cedia 0,35%, para US$ 93,10 por barril.