O investimento estrangeiro direto (IED) na China diminuiu fortemente em julho, no mais novo sinal de que a segunda maior economia do mundo enfrenta desafios. O país atraiu US$ 7,58 bilhões em IED no mês passado, uma queda de 8,7% em comparação com o mesmo mês do ano passado, informou o Ministério do Comércio. O resultado também foi menor do que o de US$ 12,0 bilhões registrado em junho. No período de janeiro a julho o IED caiu 3,6% sobre o mesmo período de 2011, para US$ 66,7 bilhões.
Shen Danyang, porta-voz do ministério, atribuiu o declínio a um conjunto de fatores. "A desaceleração da economia global, o aumento das incertezas, a falta de uma solução para a crise de dívida da União Europeia, flutuações nos mercados financeiros globais, a ressurgência da manufatura dos EUA e o crescimento de economias emergentes como Índia, Brasil e Rússia levaram a uma mudança nas tendências de investimento globais", disse.
Internamente, o aumento dos custos do trabalho e das terras erodiu parte das vantagens da China na atração de investimentos, acrescentou Shen. No entanto, o porta-voz do ministério afirmou que o declínio deverá ser temporário. O crescimento da economia chinesa, o ambiente político estável e a melhora no sistema judicial darão ao país vantagem no longo prazo, segundo ele.
Durante os primeiros sete meses deste ano, o investimento direto dos EUA na China subiu 1,0% em comparação com o mesmo período do ano passado, para US$ 1,96 bilhão; o investimento da União Europeia no país caiu 2,7%, para US$ 3,97 bilhões; e o investimento de outros países asiáticos diminuiu 3,8%, para US$ 57,3 bilhões. Enquanto isso, o investimento direto não financeiro da China no exterior aumentou 52,8% entre janeiro e julho deste ano, de US$ 42,2 bilhões um ano antes.