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Estado de Minas

Cemig promove redução de custos para manter lucro

Com revisão tarifária prevista para 2013, Cemig diminui em 20% as despesas operacionais no segundo semestre


postado em 17/08/2012 06:00 / atualizado em 17/08/2012 06:57

As despesas operacionais consolidadas da Companha Energética de Minas Gerais (Cemig) foram reduzidas em 20% no segundo trimestre ante igual intervalo de 2011. A retração dos custos se deve à preparação da estatal para o terceiro ciclo de revisão tarifária, que ocorre em abril do ano que vem. A expectativa média do mercado é que o preço da energia pago pelos consumidores das concessionárias que passarão pela revisão deverá cair em média 20% em 2013.

“A Cemig Distribuição e a Light realizaram investimentos para elevar a eficiência operacional, já que a terceira revisão tarifária vai reduzir de forma significativa a receita das empresas, capturando os ganhos dos últimos cinco anos”, explica o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla. De acordo com ele, esses investimentos irão melhorar a eficácia operacional até o início do ciclo. No segundo trimestre, o volume de energia elétrica comercializado para os consumidores finais na área de concessão da Cemig registrou crescimento de 4,91% em relação ao mesmo período de 2011, conforme balanço da estatal apresentado ontem ao mercado.

O lucro líquido obtido pela Cemig no segundo trimestre foi de R$ 604 milhões, avanço de 16% ante igual intervalo do ano passado. A receita operacional líquida superou os R$ 4,4 bilhões, com elevação também de 16%. Já o Ebitda (lucro antes dos juros, depreciação, impostos e amortização) em abril, maio e junho bateu o recorde de R$ 1,4 bilhão, com crescimento de 14% sobre o segundo trimestre do ano passado.

Na avaliação do diretor de Luiz Fernando Rolla, o resultado reflete o acerto da estratégia de crescimento adotada pela empresa desde 2003, o que também influenciou na expansão de 328% do valor de mercado da estatal, que saiu de R$ 7,4 bilhões naquele ano para R$ 31,8 bilhões em agosto de 2012. Para se ter uma ideia, o Ebitda de todo o ano de 2003 foi de R$ 1,7 bilhão, pouco maior do que o apurado entre os meses de abril, maio e junho correntes (R$ 1,4 bilhão).

De acordo com o diretor de finanças da companhia, os números são consequência do constante aumento na carteira de clientes, que no segundo trimestre atingiu 11,489 milhões de consumidores, aumento de 1,7%, em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo Rolla, o consumo residencial representou 16,8% da energia total vendida pela Cemig no período, com crescimento de 8,4%, associado à ligação de novas unidades consumidoras e ao incremento de consumo de bens e serviços pelas famílias.

Medidores inteligentes


Em dois anos, consumidores da Cemig já poderão começar a escolher o horário em que vão usar a energia e pagar mais barato quando a utilização for feita fora do horário de pico. Esse é o prazo para que a produção de 2 milhões de medidores inteligentes de energia (smart grids) sejam fabricados por uma empresa de tecnologia que será criada pela estatal mineira e pela Light. O medidor permitirá às companhias negociarem com os consumidores residenciais o preço da energia. O critério da instalação, que começa a ser feita em 2014, levará em conta a quantidade de energia gasta pelas residências, partindo das faturas mais caras para as mais baratas.


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