A aceleração da economia brasileira neste segundo semestre ocorre com estabilidade de preços e inflação convergindo para a meta. "O cenário de crescimento para os próximos meses se dará em um ambiente de estabilidade", garantiu nesta sexta-feira o presidente do BC, em evento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em São Paulo. O sistema de metas defendido pelo BC prevê inflação neste e no próximo ano de 4,5% por cento.
Tombini citou que os indicadores do mercado de trabalho e do varejo já dão sinais de recuperação no segundo semestre e reconheceu que efeitos climáticos têm pressionado os preços dos alimentos 'in natura', mas ressaltou que é preciso esperar "para ver a duração e maturação desse choque de oferta".
Ainda em palestra durante o congresso, o presidente do BC afirmou que o Executivo está atento aos desafios de avanço da economia nos próximos anos e, por isso, tem adotado uma série de ações. "O governo brasileiro tem ampla agenda para aumentar a competitividade e produtividade da economia."
Tombini frisou que faz parte da estratégia do governo o anúncio, na última quarta-feira, do Programa Nacional de Investimentos em Logística, que envolverá R$ 133 bilhões em investimentos para ferrovias e rodovias. "O governo também analisa desoneração de energia e outras medidas para reduzir tributos", completou.