O programa de desenvolvimento da indústria de software e serviços, lançado nesta segunda-feira pelo Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), prevê o desenvolvimento de softwares segmentados para os principais setores da economia. Segundo a apresentação do plano, o desenvolvimento se enquadra nos setores econômicos "estratégicos ou portadores de futuro". Entre as medidas estão o estímulo a centros de pesquisa e formação de redes acadêmicas e empresariais.
Os investimentos para o desenvolvimento de softwares segmentados para o período de 2012 a 2015, estão divididos em R$ 25 milhões para educação, R$ 42,5 milhões para defesa e segurança cibernética, R$ 30 milhões para saúde, R$ 39,2 milhões para petróleo e gás, R$ 21 milhões para energia, R$ 55 milhões para setor aeroespacial e aeronáutico, R$ 12 milhões para eventos esportivos, R$ 20 milhões para agricultura e meio ambiente, R$ 18 milhões finanças, R$ 13 milhões para telecomunicações, R$ 12 6 milhões para mineração, R$ 40 milhões para computação em nuvens, R$ 43 milhões para mobilidade, internet e jogos digitais R$ 50 milhões para computação avançada de alto desempenho e R$ 10 milhões em software livre.
Outra aposta do governo com o plano é no desenvolvimento de empresas nascentes de base tecnológica, conhecidas como "start-up". A meta é investir R$ 40 milhões para acelerar 150 empresas de software e serviços de TI até 2014, sendo 25% para start-ups internacionais localizadas no Brasil.
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o faturamento do setor de TI, exceto Telecomunicações, cresceu 11,3% em relação a 2010, ultrapassando os US$ 100 bilhões em 2011, o que correspondeu a 4 4% do PIB brasileiro. Para 2020, espera-se que o setor movimente US$ 200 bilhões, com 10% deste sendo relativo às exportações.
Atualmente, o mercado brasileiro conta com 8.520 empresas, dedicadas ao desenvolvimento, produção e distribuição de software e à prestação de serviços. Das que atuam no desenvolvimento e produção de software, 94% são classificadas como micro e pequenas empresas.