Brasília – Está ficando curto o horizonte que o Banco Central tem para baixar a taxa básica de juros da economia. A aposta unânime de analistas do mercado financeiro e economistas é de que haverá mais um corte de 0,5 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana que vem. Depois disso a divisão é clara. Alguns apostam que será o último corte e outros ainda acreditam que poderá haver uma queda adicional de 0,25 ponto percentual ou mesmo de 0,5 ponto percentual na reunião do Copom em outubro.
Para José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do banco Fator o Copom, comandado por Alexandre Tombini já conseguiu um grande feito: colocar a taxa Selic num patamar bastante baixo sem que, com isso, a inflação disparasse. “O Copom já trouxe a Selic para um patamar inédito”, disse Lima Gonçalves ao se referir a taxa de 8% ao ano, a mais baixa da história e, mesmo assim, a inflação esperada não passa de 5,5% ao ano nas análises de mercado. É um pouco fora da meta cheia, de 4,5%, mas ainda confortavelmente dentro da margem de segurança de dois pontos para mais ou para menos.
Se, de fato, o Copom baixar os juros em mais 0,5 ponto percentual, a taxa anual cairá para 7,5%, novo recorde histórico de baixa. Neste patamar, os juros reais estarão em torno de 2% ao ano, uma taxa bastante baixa para um país como o Brasil. Lima Gonçalves ainda observa que essa taxa real baixa é próxima de zero se for ponderada pelo risco Brasil, entre 150 e 200 pontos, que é a conta que o investidor internacionl faz na hora de aplicar no país.
Na avaliação de Lima Gonçalves dá para ficar com essa taxa Selic durante um bom tempo, sem que o Banco Central tenha que puxar os juros para cima em 2013, por exemplo e, mesmo com crescimento, não deixar a inflação fora de controle. Mas essa não é a opinião de Jankiel Santos, economista-chefe do BES Investimento. Ele também aposta numa queda de 0,5 ponto na próxima reunião do Copom. Mas, para 2013, com o crescimento retomando fôlego, Santos disse que não terá como o Copom não iniciar novo ciclo de alta. “Os juros terão que subir. Caso contrário a inflação explodirá”, explicou.
Já Eduardo Velho, economista-chefe da Planner Prosper Corretora, acredita que virá um corte adicional de pelo menos 0,25 ponto percentual na reunião de outubro. “ Também avaliamos menor probabilidade de uma alta dos juros em 2013, em função da sinalização de maior convergência das expectativas”, ponderou.
PIB em baixa É também a avaliação dominante no mercado que ontem, mais uma vez jogou para baixo a expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), agora em 1,75%. Os economistas, entre eles Eduardo Velho, já estão mais pessimistas em relação à variação do PIB. Muitos trabalham com a possibilidade da economia crescer em torno de 1,5% este ano.
Mais uma vez a baixa na previsão do mercado deve-se ao setor industrial. A projeção para a indústria em 2012 passou de uma retração de 1% para 1,2%. É o 12º recuo consecutivo na previsão. Enquanto o PIB cai, a inflação só faz subir, mas a alta é comportada, desta vez de 5,11% para 5,15%. Há quatro semanas o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estava em 4,92%.
Para José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do banco Fator o Copom, comandado por Alexandre Tombini já conseguiu um grande feito: colocar a taxa Selic num patamar bastante baixo sem que, com isso, a inflação disparasse. “O Copom já trouxe a Selic para um patamar inédito”, disse Lima Gonçalves ao se referir a taxa de 8% ao ano, a mais baixa da história e, mesmo assim, a inflação esperada não passa de 5,5% ao ano nas análises de mercado. É um pouco fora da meta cheia, de 4,5%, mas ainda confortavelmente dentro da margem de segurança de dois pontos para mais ou para menos.
Se, de fato, o Copom baixar os juros em mais 0,5 ponto percentual, a taxa anual cairá para 7,5%, novo recorde histórico de baixa. Neste patamar, os juros reais estarão em torno de 2% ao ano, uma taxa bastante baixa para um país como o Brasil. Lima Gonçalves ainda observa que essa taxa real baixa é próxima de zero se for ponderada pelo risco Brasil, entre 150 e 200 pontos, que é a conta que o investidor internacionl faz na hora de aplicar no país.
Na avaliação de Lima Gonçalves dá para ficar com essa taxa Selic durante um bom tempo, sem que o Banco Central tenha que puxar os juros para cima em 2013, por exemplo e, mesmo com crescimento, não deixar a inflação fora de controle. Mas essa não é a opinião de Jankiel Santos, economista-chefe do BES Investimento. Ele também aposta numa queda de 0,5 ponto na próxima reunião do Copom. Mas, para 2013, com o crescimento retomando fôlego, Santos disse que não terá como o Copom não iniciar novo ciclo de alta. “Os juros terão que subir. Caso contrário a inflação explodirá”, explicou.
Já Eduardo Velho, economista-chefe da Planner Prosper Corretora, acredita que virá um corte adicional de pelo menos 0,25 ponto percentual na reunião de outubro. “ Também avaliamos menor probabilidade de uma alta dos juros em 2013, em função da sinalização de maior convergência das expectativas”, ponderou.
PIB em baixa É também a avaliação dominante no mercado que ontem, mais uma vez jogou para baixo a expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), agora em 1,75%. Os economistas, entre eles Eduardo Velho, já estão mais pessimistas em relação à variação do PIB. Muitos trabalham com a possibilidade da economia crescer em torno de 1,5% este ano.
Mais uma vez a baixa na previsão do mercado deve-se ao setor industrial. A projeção para a indústria em 2012 passou de uma retração de 1% para 1,2%. É o 12º recuo consecutivo na previsão. Enquanto o PIB cai, a inflação só faz subir, mas a alta é comportada, desta vez de 5,11% para 5,15%. Há quatro semanas o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estava em 4,92%.