O preço do querosene de aviação vendido no Brasil e o aumento das taxas aeroportuárias podem contribuir para o aumento das passagens aéreas. Os presidentes das duas maiores companhias aéreas do país, TAM e Gol, afirmaram nesta terça-feira que é forte a tendência de alta nos próximos meses. Marco Antonio Bologna, da TAM, e Paulo Sérgio Kakinoff, da Gol, estavam no lançamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), órgão que vai unir as cinco maiores empresas do setor.
De acordo com o presidente da Gol, Paulo Sérgio Kakinoff, o aumento das tarifas aéreas não estão nos planos da empresa no curto prazo, mas se alta do combustível permanecer nos patamares atuais tarifas podem ser reajustadas. "Não temos nenhuma projeção de curto prazo de aumento de tarifas, mas se permaneceremos nesse patamar elevado de custo de combustível, é uma questão de tempo para vermos uma posição inevitável de aumento de tarifas", afirma.
O presidente da TAM disse que "uma recuperação tarifária deverá acontecer". Bologna não falou em prazos para esse eventual ajuste dos preços das tarifas, mas disse que dificilmente os custos serão reduzidos. Para ele, o setor sofreu um "choque de custos relevante", pois a valorização do dólar impacta os custos das empresas. Juntas, TAM e Gol tiveram prejuízo de R$ 1,6 bilhão no segundo trimestre deste ano.
Com InfoMoney