Os empreendedores hoteleiros entraram em ritmo acelerado para conseguir finalizar as obras até a Copa de 2014. A menos de dois anos do mundial de futebol, pelo menos 40 hotéis serão construídos em Belo Horizonte, segundo levantamento do Comitê Executivo Municipal da Copa do Mundo da Prefeitura de Belo Horizonte. O comitê recebeu pedidos para a construção de 64 hotéis na capital até a Copa, que vão representar a oferta de 19,9 mil leitos e investimento de R$ 2,4 bilhões. Desse total, três obras já foram finalizadas e 37 estão em construção.
A corrida agora é contra o tempo. Até março de 2014 as obras dos empreendimentos já terão que ter terminado, conforme determinação da legislação da prefeitura, que aumentou o coeficiente de aproveitamento do terreno para incentivar os investidores hoteleiros. A coordenadora do Comitê Executivo da Copa, Flávia Rohlfs, acredita que os novos hotéis serão suficientes para atender o aumento de demanda para o Mundial de futebol.
Segundo dados da empresa Match, responsável pela logística da Fifa, em um raio de 100 quilômetros da cidade-sede do jogo é preciso ter leitos que correspondam a pelo menos um terço da capacidade do estádio. Como o Mineirão terá capacidade para 64 mil pessoas, vai ser preciso que a capital ofereça pelo menos 22 mil leitos. “Já temos hotéis que atendem a essa demanda, mas são poucos empreendimentos de padrão de quatro e cinco estrelas”, explica Flávia Rohlfs.
CONCORRÊNCIA Os proprietários dos hotéis mais antigos vão ter que buscar se adequar às novas exigências da clientela para se manter no mercado, avalia Paulo César Pedrosa, presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes e Bares de Belo Horizonte e Grande BH (Sindhorb). Ele ressalta que alguns serviços diferenciados, como acesso a notebooks e tablets, já começam a ser oferecidos pela rede hoteleira de melhor porte, assim como café da manhã mais variado e academia de ginástica nos empreendimentos. “Com os novos hotéis, devemos ter uma disputa mais acirrada de tarifas”, diz Pedrosa.
O Grupo Maio Paranasa está com seis redes hoteleiras para serem construídas até a Copa, em investimento total de R$ 483 milhões. O Pullman, no Belvedere, e o Novotel, na Savassi, são de categoria de luxo e superior. Serão construídos ainda o Ibis no Belvedere e o Ibis Budget na Savassi. A região da Avenida Afonso Pena, na altura do Bairro Funcionários, vai contar com o Ibis e o Ibis Budget. O prazo médio de construção das obras vai ser de dois anos, informa Jânio Valeriano, diretor de Desenvolvimento do Maio Paranasa.
O empreendimento da Afonso Pena vai ser o próximo a ser inaugurado pelo grupo, no início de 2013, a tempo da Copa das Confederações. Valeriano acredita que os empreendedores que ainda não iniciaram as obras dos hotéis vão ter prazo apertado. “Se for considerar que a mão de obra está escassa, é arriscado começar as obras a partir de agora. Acho que não viabilizaria o empreendimento”, diz.
Padrão sofisticado será diferencial
O hotel butique vai ser uma das novidades de alto padrão entre os novos empreendimentos hoteleiros em Belo Horizonte. O coração do Bairro de Lourdes ganhará até a Copa um empreendimento que foge das características tradicionais e vai além das estruturas com padrão cinco estrelas. O hotel terá poucos apartamentos, ênfase maior nos elementos de arte, interatividade e tratamento personalizado. O edifício com 12 pavimentos da Concreto Empreendimentos vai ganhar o nome de Giulianno. O hotel será erguido a um quarteirão da Praça Marília de Dirceu, na esquina das ruas São Paulo e Antônio Aleixo, com um investimento de R$ 50 milhões.
O Giulianno terá 90 apartamentos e diária média em torno de R$ 450. “Os clientes vão ter tratamento mais personalizado”, explica Miguel Safar, diretor da Concreto. Cada apartamento vai ter um conceito diferente. Segundo Safar, o modelo foi inspirado no Emiliano, de São Paulo, e no Fasano, que tem unidades no Rio de Janeiro e também na capital paulista. Entre os diferenciais para a clientela do Giulianno estão a decoração personalizada em cada apartamento, cadeiras Charles Eames (expostas no Moma de Nova York), sofá de couro italiano e suítes com banheira de ferro forjado em estilo inglês.
A rede paranaense Bristol Hotéis & Resorts vai trazer para Minas Gerais quatro novos empreendimentos, em investimento total de R$ 103 milhões. Serão o Bristol Horizonte Hotel (com 190 unidades) , Bristol Skalla Hotel (com 86) e Bristol Arena Hotel (com 58) na capital, e o Bristol Terramare Hotel (com 192 quartos), em Guapé, próximo a Escarpas do Lago. Este último, que vai ter padrão cinco estrelas e investimento de R$ 82 milhões, vai contar ainda com luxos como hípica, marina e aeródromo. Os três hotéis de Belo Horizonte vão ficar prontos até março de 2014 e o de Escarpas deve ser finalizado no segundo semestre de 2015. “Há muitos projetos de novos hotéis, mas nem todos vão conseguir finalizar as obras e atender o cronograma de datas estipulado pela prefeitura”, afirma Gilberto Cordeiro, diretor de Desenvolvimento de Negócios e Marketing da Bristol Hotéis & Resorts.
O arranha-céu de 27 andares na região do Bulevar Arrudas também vai ganhar cinco estrelas. O Brazil Hospitality Group, uma das maiores redes hoteleiras do país, está construindo no edifício o Golden Tulip, em parceria com as incorporadoras RFM, Pacific Realty e a construtora M.Roscoe. O hotel vai contar com 405 apartamentos de luxo, com 40 metros quadrados, além de quatro suítes presidenciais e suíte real de 230 metros quadrados cada uma. O empreendimento terá centro de convenções com mais de 4,5 mil metros, incluindo auditório para 1 mil pessoas, salas de reuniões, restaurante de padrão internacional, com vista panorâmica, SPA com assinatura internacional, heliponto, fitness center, piscina e área de lazer com vista panorâmica da capital. O investimento é de
R$ 200 milhões. (GC)
A corrida agora é contra o tempo. Até março de 2014 as obras dos empreendimentos já terão que ter terminado, conforme determinação da legislação da prefeitura, que aumentou o coeficiente de aproveitamento do terreno para incentivar os investidores hoteleiros. A coordenadora do Comitê Executivo da Copa, Flávia Rohlfs, acredita que os novos hotéis serão suficientes para atender o aumento de demanda para o Mundial de futebol.
Segundo dados da empresa Match, responsável pela logística da Fifa, em um raio de 100 quilômetros da cidade-sede do jogo é preciso ter leitos que correspondam a pelo menos um terço da capacidade do estádio. Como o Mineirão terá capacidade para 64 mil pessoas, vai ser preciso que a capital ofereça pelo menos 22 mil leitos. “Já temos hotéis que atendem a essa demanda, mas são poucos empreendimentos de padrão de quatro e cinco estrelas”, explica Flávia Rohlfs.
CONCORRÊNCIA Os proprietários dos hotéis mais antigos vão ter que buscar se adequar às novas exigências da clientela para se manter no mercado, avalia Paulo César Pedrosa, presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes e Bares de Belo Horizonte e Grande BH (Sindhorb). Ele ressalta que alguns serviços diferenciados, como acesso a notebooks e tablets, já começam a ser oferecidos pela rede hoteleira de melhor porte, assim como café da manhã mais variado e academia de ginástica nos empreendimentos. “Com os novos hotéis, devemos ter uma disputa mais acirrada de tarifas”, diz Pedrosa.
O Grupo Maio Paranasa está com seis redes hoteleiras para serem construídas até a Copa, em investimento total de R$ 483 milhões. O Pullman, no Belvedere, e o Novotel, na Savassi, são de categoria de luxo e superior. Serão construídos ainda o Ibis no Belvedere e o Ibis Budget na Savassi. A região da Avenida Afonso Pena, na altura do Bairro Funcionários, vai contar com o Ibis e o Ibis Budget. O prazo médio de construção das obras vai ser de dois anos, informa Jânio Valeriano, diretor de Desenvolvimento do Maio Paranasa.
O empreendimento da Afonso Pena vai ser o próximo a ser inaugurado pelo grupo, no início de 2013, a tempo da Copa das Confederações. Valeriano acredita que os empreendedores que ainda não iniciaram as obras dos hotéis vão ter prazo apertado. “Se for considerar que a mão de obra está escassa, é arriscado começar as obras a partir de agora. Acho que não viabilizaria o empreendimento”, diz.
Padrão sofisticado será diferencial
O hotel butique vai ser uma das novidades de alto padrão entre os novos empreendimentos hoteleiros em Belo Horizonte. O coração do Bairro de Lourdes ganhará até a Copa um empreendimento que foge das características tradicionais e vai além das estruturas com padrão cinco estrelas. O hotel terá poucos apartamentos, ênfase maior nos elementos de arte, interatividade e tratamento personalizado. O edifício com 12 pavimentos da Concreto Empreendimentos vai ganhar o nome de Giulianno. O hotel será erguido a um quarteirão da Praça Marília de Dirceu, na esquina das ruas São Paulo e Antônio Aleixo, com um investimento de R$ 50 milhões.
O Giulianno terá 90 apartamentos e diária média em torno de R$ 450. “Os clientes vão ter tratamento mais personalizado”, explica Miguel Safar, diretor da Concreto. Cada apartamento vai ter um conceito diferente. Segundo Safar, o modelo foi inspirado no Emiliano, de São Paulo, e no Fasano, que tem unidades no Rio de Janeiro e também na capital paulista. Entre os diferenciais para a clientela do Giulianno estão a decoração personalizada em cada apartamento, cadeiras Charles Eames (expostas no Moma de Nova York), sofá de couro italiano e suítes com banheira de ferro forjado em estilo inglês.
A rede paranaense Bristol Hotéis & Resorts vai trazer para Minas Gerais quatro novos empreendimentos, em investimento total de R$ 103 milhões. Serão o Bristol Horizonte Hotel (com 190 unidades) , Bristol Skalla Hotel (com 86) e Bristol Arena Hotel (com 58) na capital, e o Bristol Terramare Hotel (com 192 quartos), em Guapé, próximo a Escarpas do Lago. Este último, que vai ter padrão cinco estrelas e investimento de R$ 82 milhões, vai contar ainda com luxos como hípica, marina e aeródromo. Os três hotéis de Belo Horizonte vão ficar prontos até março de 2014 e o de Escarpas deve ser finalizado no segundo semestre de 2015. “Há muitos projetos de novos hotéis, mas nem todos vão conseguir finalizar as obras e atender o cronograma de datas estipulado pela prefeitura”, afirma Gilberto Cordeiro, diretor de Desenvolvimento de Negócios e Marketing da Bristol Hotéis & Resorts.
O arranha-céu de 27 andares na região do Bulevar Arrudas também vai ganhar cinco estrelas. O Brazil Hospitality Group, uma das maiores redes hoteleiras do país, está construindo no edifício o Golden Tulip, em parceria com as incorporadoras RFM, Pacific Realty e a construtora M.Roscoe. O hotel vai contar com 405 apartamentos de luxo, com 40 metros quadrados, além de quatro suítes presidenciais e suíte real de 230 metros quadrados cada uma. O empreendimento terá centro de convenções com mais de 4,5 mil metros, incluindo auditório para 1 mil pessoas, salas de reuniões, restaurante de padrão internacional, com vista panorâmica, SPA com assinatura internacional, heliponto, fitness center, piscina e área de lazer com vista panorâmica da capital. O investimento é de
R$ 200 milhões. (GC)