Os contratos futuros do petróleo operam em baixa nesta sexta-feira, em linha com os mercados acionários europeus, mas analistas avaliam que as tensões no Oriente Médio e possíveis problemas de abastecimento provavelmente limitarão a queda dos preços da commodity.
"Ações em queda e dados econômicos fracos das três principais regiões consumidoras de petróleo - EUA, China e Europa - estão restringindo a alta do petróleo por enquanto", disse o Commerzbank em comunicado.
Por outro lado, a especulação sobre o Federal Reserve vir a adotar novas medidas de estímulo, tensões geopolíticas e a possibilidade de a produção do Golfo do México ser afetada na semana que vem devido à tempestade tropical Isaac deverão prevenir maiores quedas nos preços do petróleo, segundo o banco alemão.
O recuo dos preços em Londres e Nova York ocorre depois de um rali de cerca de dois meses que antecede o simpósio anual do Fed em Jackson Hole, em Wyoming, onde o presidente da instituição, Ben Bernanke, falará na próxima sexta-feira (31). Em 2010, Bernanke aproveitou o evento em Jackson Hole para preparar o terreno para uma segunda rodada de relaxamento quantitativo.
Em Berlim, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse nesta sexta-feira em entrevista coletiva que está convencida de que a Grécia está fazendo tudo para resolver seus problemas financeiros e que o governo alemão está pronto para ajudar o país, após se reunir com o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras. O premiê, por sua vez, afirmou que Atenas vai cumprir seus compromissos.
Após a coletiva, os contratos do petróleo passaram a cair com mais força. Às 8h40 (horário de Brasília), o Brent para outubro recuava 0,71%, para US$ 114,30 o barril, na plataforma ICE, em Londres, enquanto o WTI, também para outubro, cedia 0,69%, para US$ 95,61 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).