As empresas do Brasil continuam apresentando bom desempenho, apesar da desaceleração da economia global e da crise de dívida na Europa. A avaliação foi feita pela agência de classificação de risco Standard & Poor's. De acordo com o relatório, 34% das entidades corporativas brasileiras eram classificadas como grau de investimento pela agência em 30 de junho, acima de 23% no fim de 2009.
A S&P informou também que as elevações de ratings corporativos no Brasil superaram de longe os rebaixamentos durante cada um dos últimos seis anos e destacou que isso é bem melhor do que a proporção entre rebaixamentos e elevações de ratings registrados globalmente. "Por exemplo, no auge da recessão global, em 2008, houve um rebaixamento para cada cinco elevações no Brasil, enquanto globalmente houve mais do que três rebaixamentos para cada elevação", afirmou a S&P.
Além disso, observou a agência, a taxa de default corporativo de grau especulativo do Brasil permaneceu menor do que na América Latina e no Caribe durante a maior parte da última década. Não houve defaults no Brasil em 2010 e 2011, destacou a S&P, embora quatro empresas brasileiras tenham declarado default neste ano até agora, aumentando a taxa para 3,57%. Para comparação, em 31 de julho a taxa de default na região da América Latina e Caribe estava em 2,44%.