Na tentativa de manter os negócios de pé, a Kodak vai precisar colocar à venda seu principal negócio: a fotografia. A companhia, que enfrenta um processo de reestruturação iniciado em janeiro depois de um pedido de concordata nos Estados Unidos, tenta reverter seu estado de quase falência.
O segmento é a essência dos negócios da empresa, que é conhecida no mundo inteiro por seus filmes e máquinas fotográficas. Somente em termos de receita, a unidade gera cerca de US$ 1,8 bilhão por ano. A companhia espera acelerar a venda da divisão e concluí-la já no primeiro semestre de 2013.
Além dos filmes fotográficos, a divisão inclui recursos como os quiosques para a revelação de filmes digitais. O processo de venda contará com a assessoria da Lazard. "Temos que fazer escolhas difícies para conseguir construir nosso futuro. Essa foi uma dessas escolhas", disse Antonio Perez, presidente da companhia, em teleconferência com a imprensa, na última quinta-feira.
Essa decisão da companhia foi reforçada pela dificuldade da Kodak em atrair interessados para um leilão de cerca de 1,1 mil patentes de sua propriedade, que inicialmente tinha sido avaliadas entre US$ 2,21 e US$ 2,57 bilhões. Dentre esses esforços para tentar retomar sua posição de destaque no mercado, a companhia vem buscando focar suas operações nas ofertas de produtos e serviços de impressão comercial e empresarial.
A companhia vem registrando perdas atrás de perdas. No segundo trimestre, a Kodak registrou um prejuízo de US$ 299 milhões, em comparação com os US$ 179 milhões no ano passado. A receita da empresa também caiu 27% para US$ 1,08 bilhão entre os meses de abril e junho.
Com InfoMoney