Os empreendedores de pequeno e médio porte terão uma nova ferramenta para diversificar seu público consumidor e, assim, buscar o aumento das vendas. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) criou uma loja virtual para que esses empresários possam vender os produtos online. É o projeto Primeiro E-commerce, pelo meio do qual as vendas poderão ser feitas nacionalmente.
O projeto é uma parceria com o MercadoLivre, empresa de tecnologia especializada em comércio eletrônico (e-commerce) na América Latina. Segundo o Sebrae, em um só ambiente, os empresários poderão montar uma vitrine online e efetuar transações, como pedidos de compras, pagamentos e controle de vendas. O aplicativo permite que a loja virtual seja customizada. Ou seja, o dono poderá fazer personalizações, trocando a cor e características, em quatro modelos de loja.
Inicialmente, segundo o Sebrae, serão oferecidos três anúncios grátis na página principal do MercadoLivre e bônus de R$ 250 para anunciar o produto por meio de links patrocinados, que levam às páginas de anunciantes. Há ainda a possibilidade de integração da loja com a rede social Facebook.
A hospedagem na loja virtual, no entanto, terá um custo. O Sebrae informou que o serviço de criação da página é gratuito, mas, a cada venda concretizada, serão cobrados 4,99% sobre o valor pago pelo cliente, referentes aos custos de transações financeiras. Os pagamentos poderão ser realizados por meio de cartões de crédito e boleto bancário, com certificação de segurança.
Os empresários interessados no projeto serão capacitados. O Sebrae garante não irá repassar recursos financeiros para o MercadoLivre. O Primeiro E-commerce repercutiu bem entre pequenos empresários. “Acho legal o projeto. Acho muito interessante porque a saída é a internet mesmo. É o comércio virtual. Para determinada parte dos nossos associados será um boa oportunidade”, avaliou Umbelino José de Sousa, presidente da Associação de Micro, Pequenos e Médios Empresários Varejistas de Valença do Piauí.
O proprietário da pizzaria Dom Bosco, de Brasília, Enildo Veríssimo, a mais tradicional da cidade e no ramo desde os anos 1960, gostou da ideia. Segundo ele, em conversas com outros empresários, tem notado que existe uma demanda cada vez maior para a venda de produtos na internet, principalmente, quando os grandes já adotam a prática de vendas online. “Acho que irá beneficiar os pequenos comerciantes também. E é muito interessante também para quem quer diversificar a oferta de produtos”, disse.