O número de empregados sem registro em carteira cresceu 3,8% no mês de julho em comparação a junho na média das sete regiões metropolitanas do País onde é realizada a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com esse aumento, o número estimado de pessoas sem carteira assinada saltou de 1,729 milhão para 1,794 milhão. A alta, segundo a técnica do Dieese Ana Maria Belavenuto, é resultado das incertezas em relação à retomada da economia doméstica e à crise internacional.
O total de empregados com carteira assinada, por sua vez, caiu 0,3% em julho na comparação com junho, de 9,988 milhões para 9,959 milhões de trabalhadores. Na passagem de junho para julho, o contingente de trabalhadores autônomos cresceu 1,2%. Já o contingente de empregados domésticos se manteve relativamente estável, com uma ligeira queda de 0,3%, saindo de 1,437 milhão de trabalhadores em junho para 1,433 milhão em julho.
Para Ana Maria, o comportamento de julho, com destaque para o aumento dos empregados sem carteira assinada, foi atípico, tanto que na comparação de julho deste ano com igual mês de 2011 o total de trabalhadores com carteira sem registro mostra uma queda de 0,9%, enquanto os com carteira assinada apresenta crescimento de 4,5%. Os autônomos, na comparação anual, cresceram 1,4%, e os empregados domésticos tiveram queda de 0 7%.