Após se reunir com representantes do setor automotivo e de máquinas e equipamentos, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que fará um comunicado logo mais, às 16h, em Brasília. Mantega, que já tinha prometido ouvir os setores empresários, esteve hoje com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, representantes de empresas e entidades do setor automotivo. O ministro também ouviu as reivindicações do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto.
Segundo Belini, foram apresentados ao ministro os resultados do setor, que registra um aumento da média diária de vendas de 12,4 mil veículos por dia para 16,6 mil por dia. Ou seja, um crescimento de 33,4%, no período, após a redução do IPI para automóveis – uma das medidas adotadas pelo governo para enfrentar a crise internacional .
“Resultado muito bom e surpreendente. Nós mostramos ainda que a estimativa de geração diária de impostos aumentou R$ 1,7 milhões. Embora tenha ocorrido queda de R$ 20,7 milhões na média diária, a PIS/Cofins sofreu incremento de R$ 10,6 milhões, o ICMS de R$ 9,5 milhões e o IPVA de R$ 2,3 milhões na mesma comparação [média diária de junho a agosto ante a média de maio]”, disse.
A Anfavea apresentou ao ministros da área econômica dados que mostram ter havido um acréscimo de 3,1 mil empregos no setor, sendo que 2,7 mil empregos foram entre junho e julho deste ano, passando de 145 mil para 147, 7 mil. “ Com esses dados, o ministro ficou bastante tranquilo com os resultados e, agora, está na mão dele pensar e avaliar qualquer outra alternativa”, destacou.
Belini disse ainda que Mantega não sinalizou se manteria a redução do IPI dos automóveis, cujo prazo se encerra no dia 31 de agosto, próxima sexta-feira. “O setor pleiteia que haja continuidade. Não falamos em data e em período. Entendemos que será melhor a prorrogação do IPI para continuar o mercado aquecido”, avaliou o presidente da Anfavea.