O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, disse que, ao estender para até o final de dezembro a vigência da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o governo conferiu maior previsibilidade e capacidade à indústria e ao varejo para se programar. "A nossa solicitação é sempre para que a desoneração de impostos seja perene mas, ao prorrogar para quatro meses, o governo permitiu que a indústria e o comércio possam se programar", comemorou Kuçula.
De acordo com o presidente da Eletros, tanto representantes da indústria como do setor varejista que estiveram reunidos na terça-feira, em Brasília, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, temiam que a prorrogação fosse até outubro ou novembro, e não até o final do ano. Isso porque, de acordo com Kiçula, é entre outubro e novembro que a indústria começa a entregar para a rede varejista as encomendas para as vendas de Natal. Agora, com um prazo mais esticado, afirma o presidente da Eletros, a indústria e o varejo podem se programar para contratar mais pessoal, se for necessário.
Kiçula disse que naquele encontro o ministro Mantega fez uma avaliação sobre os preços dos itens de linha branca. Isso porque nos últimos dias a imprensa estava denunciando aumentos de preços, o que teria ocorrido porque algumas matérias-primas internacionais, como resinas, tiveram seus preços aumentados. "Mas, com a redução do IPI, o consumidor percebeu que não teve repasse de preços", disse Kiçula.