O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), Luiz Carlos Prates, criticou nesta quinta-feira a proposta da General Motors de reajuste de 80% do Índice do Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para os trabalhadores do setor produtivo da companhia das unidades em São José e em São Caetano do Sul (SP). "As negociações estão difíceis, a proposta de pouco mais de 4% de aumento não dá para ser aceita", disse Prates.
Na pauta encaminhada à GM, os metalúrgicos pedem 5,01% de reposição da inflação apontada pelo INPC e ainda 7,48% de aumento real. Os sindicalistas e representantes da GM devem nesta sexta-feira uma nova rodada de negociações.
Prates reclamou das negociações entre a GM e o sindicato sobre a situação dos 940 funcionários que tiveram os contratos suspensos temporariamente (lay-off) até novembro em uma das linhas de montagem da unidade de São José dos Campos. "As propostas até agora são apenas para flexibilização da jornada e não há a menor garantia da manutenção do emprego", concluiu.
A assessoria da imprensa da companhia informou que a GM não irá se manifestar durante as negociações salariais com os trabalhadores.