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Estado de Minas

PIB reage e cresce 0,4% no segundo trimestre, aponta IBGE


postado em 31/08/2012 09:23 / atualizado em 31/08/2012 12:10

O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, esboçou reação diante das medidas de incentivo do governo e registrou aumento de 0,4% no segundo trimestre ante o primeiro trimestre do ano, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No primeiro trimestre do ano, a expansão tinha sido de 0,2% ante o período anterior, número que foi revisado pelo IBGE para 0,1%."A variação é positiva, quando comparamos o primeiro com o segundo trimestre. Ainda que em passos curtos, o crescimento é o mais expressivo desde o segundo trimestre de 2011, quando a expansão havia sido de 0,6%", afirma o economista da coordenação de Contas Nacionais do IBGE, Rodrigo Ventura.

Em valores correntes, o PIB do segundo trimestre de 2012 somou R$ 1,1 trilhão. Já na comparação com o segundo trimestre de 2011, o PIB apresentou alta de 0,5% no segundo trimestre deste ano, a menor desde o terceiro trimestre de 2009, quando foi registrada queda de 1,5%.

No primeiro semestre do ano, o PIB avançou 0,6%, na comparação com o mesmo semestre do ano passado, a menor desde o primeiro semestre de 2009, quando teve resultado negativo de 2,6%.

O mercado estima que a economia brasileira crescerá menos de 2% neste ano, embora o Banco Central ainda mantenha sua projeção em 2,5%.

Indústria cai e agropecuária cresce


O desempenho do PIB no segundo trimestre de 2012 foi fortemente influenciado pelo setor agropecuário, que teve crescimento de 4,9% em valor adicionado, compensando, em parte, a queda de 2,5% registrada na indústria. O setor de serviços ajudou, com a expansão de 0,7%.

Na comparação do trimestre atual com o anterior, no setor de serviços – o que mais cresceu – destaca-se a expansão das atividades de intermediação financeira e seguros (1,8%), dos serviços de informação (1,0%), de administração, saúde e educação pública (0,8%) e outros (0,8%). O item atividades imobiliárias e aluguel apresentou variação positiva de 0,4%, enquanto o comércio (-0,1%) manteve-se praticamente estável em relação ao trimestre anterior. Por fim, o item transporte, armazenagem e correio registrou queda de 1,2%.

Na indústria (-2,5%), três das quatro atividades tiveram taxas de variação negativas. O destaque é a queda de 2,5% observada na indústria de transformação, seguida pela extrativa mineral (-2,3%) e pela construção civil (-0,7%). Em eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, houve crescimento de 1,6%.

Pela ótica do gasto, a despesa de consumo da administração pública e a despesa de consumo das famílias cresceram, respectivamente, 1,1% e 0,6% no segundo trimestre de 2012. O outro componente da demanda interna, a formação bruta de capital fixo, teve queda de 0,7%.

A relação com o setor externo indica que as importações de bens e serviços cresceram 1,9%, enquanto as exportações tiveram queda de 3,9%.



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