O Banco do Brasil estima um crescimento em sua carteira de crédito em 2012 acima do teto previsto anteriormente, que variava de 17% a 18%. "Já há uma clara indicação de que isso vai ser superado. Teremos mais de 30% de aumento na carteira de pessoa física e, com certeza, o crescimento da carteira total vai superar os 21%", disse vice-presidente de Negócios de Varejo do banco, Alexandre Abreu. O executivo destacou que a carteira do banco tem crescido principalmente em linhas de menor risco, como consignado, veículos e imobiliário.
Abreu também destacou que, independentemente de o governo fazer ou não novos cortes na taxa básica de juros, a Selic, o Banco vê espaço para que a instituição continue com seu programa de redução das taxas de juros para consumidores e empresas. Segundo Abreu, na medida em que houver aumento no volume de concessões e redução de inadimplência e custos, será possível continuar repassando esses ganhos para as taxas finais. "É um programa permanente e que não depende só da Selic", afirmou Abreu à Agência Estado.
A redução das taxas de juros, que chegou a 79% no rotativo do cartão de crédito, vai contribuir para diminuir a inadimplência na carteira de crédito da instituição, que hoje já está abaixo da média do mercado, segundo o BB. "Quando oferece juros altos, você seleciona os clientes de maior risco, que aceitam pagar aquela taxa. Quando reduz, você atrai clientes com risco menor. Por isso, a tendência é termos uma boa safra de crédito."