A partir da abertura do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto - divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - os economistas do Departamento Econômico do Bradesco preveem que a inflação mensal mostrará comportamento mais pressionado ao longo deste segundo semestre. E esta aceleração se dará a despeito de alguns alívios de preços já vistos, como na recreação e na alimentação.
A recreação, um dos subgrupos do grupo Despesas Pessoais, despencou de uma alta de 0,97% em julho para uma variação negativa de 0,54% em agosto. No grupo Alimentação e Bebidas, a média de preços saiu de uma variação positiva de 0,91% em julho para 0,88% no mês passado. O IPCA cheio registrou uma alta de 0 41% em agosto - taxa 0,02 ponto porcentual abaixo da variação de 0,43% apurada em julho.
A questão, de acordo com os economistas do Bradesco, é que "a partir de setembro, o repasse da alta do preço internacional dos grãos para a inflação doméstica ao consumidor deve se intensificar, ainda que a acomodação da atividade econômica ajude a manter a inflação de serviços mais controlada."