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Estado de Minas

Abramat quer alta do imposto de importação a mais itens


postado em 05/09/2012 16:27

O aumento do imposto de importação, anunciado na terça-feira pelo governo federal foi bem recebido pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), que vê na medida um incentivo para a produção nacional e para a recuperação das vendas. Por outro lado, a associação reclama que ainda há uma série de produtos que não foram beneficiados e estão sofrendo com a forte concorrência de importados.

O aumento do imposto anunciado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) vale para uma lista de cem produtos, entre eles vidros, disjuntores, tubos de cobre e pisos laminados, materiais utilizados no ciclo da construção. "A medida vai dar uma brecada nas importações e um alívio para os setores beneficiados", afirmou Walter Cover, presidente da Abramat, que também prevê uma recuperação das vendas nesses segmentos.


Cover ponderou, no entanto, que espera o mesmo benefício para outros itens que também são alvos de concorrência forte com importados, como metais sanitários, vergalhões, pisos de madeira cadeados e fechaduras. "Fiquei surpreso por não terem incluído esses itens", disse, acrescentando que irá encaminhar uma carta à Camex solicitando a ampliação da medida. Cover acredita que esses itens possam entrar numa próxima lista de beneficiados, já que o governo sinalizou a possibilidade de estender o imposto maior para até 200 produtos.

Segundo estimativas da Abramat, a importação de materiais de construção deve movimentar US$ 5 bilhões até o fim de 2012, enquanto as exportações devem alcançar apenas US$ 3,6 bilhões, gerando um novo déficit na balança comercial do setor. Cover lembrou que as importações têm crescido nos últimos anos por conta do câmbio favorável e pelo custo de produção menor em países como China, Turquia, Polônia e Índia, principais polos de exportação de materiais de construção para o Brasil.

Cover também reforçou o compromisso da indústria de materiais de construção em não aumentar os preços dos produtos beneficiados e disse que o setor ainda aguarda o anúncio de medidas para diminuir o preço da energia no País.


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