O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse nesta quinta-feira em entrevista à Agência Estado que o governo fará uma nova emissão externa ainda este ano. Na sua avaliação, as emissões com custo mais baixo da história, como a realizada na quarta-feira com a venda do Global 2023, são importantes para "demarcar" a condição favorável do Brasil.
Segundo Augustin, o Tesouro vai continuar com o programa de tornar as taxas de juros dos papéis da dívida externa brasileira cada vez menores para ajudar as empresas do País a captar no exterior com custo mais baixo. "A cada emissão vemos sempre taxas menores. E vamos continuar com um programa de tornar essa taxa ainda menor", afirmou o secretário.
A próxima emissão poderá ser com um papel com prazo de 30 anos. "Não há definição sobre o papel. Mas haverá emissão esse ano", acrescentou.
Augustin disse que o governo ficou muito satisfeito com o resultado da operação do Global 2023, novo título com prazo de vencimento de 10 anos, que teve menor taxa da história do Brasil. Ele fez questão de ressaltar que a taxa de retorno ficou inferior a que era a dos títulos americanos há alguns anos.
"Hoje, o Brasil já tem um taxa muito favorável. Esse é um processo que veio para ficar. Não temos dúvida que à medida que o tempo for passando e os fundamentos brasileiros forem se solidificando, essa percepção do mercado será cada vez mais clara", afirmou.