Os contratos futuros de petróleo operam sem direção única na manhã desta segunda-feira. Por um lado, dados macroeconômicos fracos da China e dos Estados Unidos reavivaram as esperanças de que os bancos centrais tomem ações para estimular as economias. Por outro, receios de que o aumento do preço do petróleo possa desencadear a liberação das reservas estratégicas do produto colocaram os contratos sob pressão, segundo os analistas.
O chefe da área de commodities do Saxo Bank, Ole Hansen, destaca que os volumes negociados nas bolsas estão baixos, pois os investidores estão relutantes em tomar novas posições antes das eleições na Holanda e da decisão preliminar do Tribunal Constitucional da Alemanha sobre a constitucionalidade do tratado fiscal da zona do euro e do Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês), ambas na quarta-feira, e da reunião do Federal Reserve, na quinta-feira. "Os participantes do mercado querem ver informações adicionais antes de tomarem decisões", disse Hansen.
Há expectativas de que o Fed vai anunciar uma nova rodada de relaxamento da política monetária norte-americana após os inesperados dados fracos do mercado de trabalho dos EUA anunciados na sexta-feira, destacou o Commerzbank.
Os dados da economia chinesa divulgados durante a sessão asiática mostraram que o segundo maior consumidor de petróleo do mundo importou 18,4 milhões de toneladas do produto em agosto, 12,5% menos que há um ano. A estatística trouxe esperanças de que a China pode anunciar novas medidas de estímulo para sua economia, o que deve aumentar a demanda por petróleo e, consequentemente, os preços da commodity.
"Não esperamos por agora que os preços em Londres superem os US$ 120 e é mais provável que a cotação fique perto dos níveis baixos de setembro", disse Andrey Kryuchenkov, estrategista chefe de commodities da VTB Capital.
Às 8h53 (de Brasília), o petróleo brent para outubro avançava 0,43% na ICE, para US$ 114,60 o barril. O contrato para outubro na Nymex caía 0,19%, a US$ 96,40 o barril. As informações são da Dow Jones.