A Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) avalia que o maior impacto no setor a partir da redução de até 28% no preço da energia elétrica será indireto. Segundo a Abimaq, os benefícios para as companhias virão da redução equivalente da carga tributária sobre a energia e ainda do aumento da competitividade dos clientes que compram as máquinas das indústrias associadas.
"O setor de máquinas e equipamentos não é intensivo em energia, mas essa energia tem uma carga tributária, principalmente do ICMS, pesadíssima, que irá recuar com a baixa dos preços", disse Lourival Júnior, chefe de gabinete da Abimaq. "Além disso, o cliente do setor, esse sim com uso intensivo, ficará mais competitivo", completou.
Para o executivo, de um modo geral a baixa na energia elétrica é necessária e se junta às medidas já anunciadas pelo governo de redução no chamado "Custo Brasil", como a desoneração da folha de pagamento e a baixa dos juros do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para 2,5% ao ano.
"Outra medida importante foi o aumento do imposto de importação; no entanto houve um equívoco do governo que elevou a alíquota para o aço inoxidável para 25% e tornou essa alíquota da matéria prima maior que a do produto acabado, que é de 12% para as máquinas", criticou Lourival Júnior.