Nem câmbio, nem custo Brasil. As exportações vão ganhar novo aliado com a redução dos encargos da energia nas empresas e a consequente diminuição das despesas de produção, mas não há medida que substitua a falta de capacidade empreendedora e profissionalismo dos exportadores. Esse é um dos problemas mais comuns entre os entraves enfrentados no mercado internacional, alerta o consultor italiano Nicola Minervini, que há 35 anos orienta empresas brasileiras em busca de internacionalização. Mais do que reclamar de uma política cambial, ele recomenda programas internos intensivos para os exportadores aprenderem a brigar no comércio mundial. Ao governo, a orientação é a criação de medidas efetivas para estimular pequenos empreendedores a se lançarem no exterior.
“As empresas precisam olhar para dentro de casa. É uma questão de atitude. Nós temos que nos abrir mais para tomar mercados no exterior e formar pessoal especializado na área”, disse Nicola Minervini a uma plateia de empresários e profissionais de comércio exterior que discutiram a internacionalização dos negócios, ontem, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Equívocos como não contar com uma estrutura adequada para acompanhar o desenvolvimento dos mercados nos quais o exportador conquista espaço e o erro de não criar serviços de pós-vendas são fatais para as experiências no mercado internacional, de acordo com o consultor.
O vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, concorda com Nicola Minervini do ponto de vista da deficiência de profissionalismo das pequenas e médias empresas exportadoras, embora ressalve que, por esse mesmo motivo, uma política cambial adequada se torna mais importante. “Mesmo contando com profissionais e uma estrutura especializada na exportação, uma empresa não consegue realizar o milagre de vender um produto que custa mais caro do que o do seu concorrente”, afirma.
Avanços
Nicola Minervini, que lançou em BH a sexta edição do livro O exportador, dedicado à empresas e profissionais de comércio exterior, destaca avanços na receita das exportações, que passou dos US$ 250 bilhões por ano, sem que, contudo, o país tenha vencido a modesta participação inferior a 2% do comércio mundial. Outro desafio lembrado pelo consultor está na pauta de vendas externas concentrada nas chamadas commodities – produtos agrícolas e minerais com cotação no mercado internacional, a exemplo de minério de ferro, café, carnes, açúcar e produtos siderúrgicos. “O país fez grandes avanços, mas precisa estimular a venda de itens de valor agregado e apoiar as iniciativas de pequenas e médias empresas.”
“As empresas precisam olhar para dentro de casa. É uma questão de atitude. Nós temos que nos abrir mais para tomar mercados no exterior e formar pessoal especializado na área”, disse Nicola Minervini a uma plateia de empresários e profissionais de comércio exterior que discutiram a internacionalização dos negócios, ontem, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Equívocos como não contar com uma estrutura adequada para acompanhar o desenvolvimento dos mercados nos quais o exportador conquista espaço e o erro de não criar serviços de pós-vendas são fatais para as experiências no mercado internacional, de acordo com o consultor.
O vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, concorda com Nicola Minervini do ponto de vista da deficiência de profissionalismo das pequenas e médias empresas exportadoras, embora ressalve que, por esse mesmo motivo, uma política cambial adequada se torna mais importante. “Mesmo contando com profissionais e uma estrutura especializada na exportação, uma empresa não consegue realizar o milagre de vender um produto que custa mais caro do que o do seu concorrente”, afirma.
Avanços
Nicola Minervini, que lançou em BH a sexta edição do livro O exportador, dedicado à empresas e profissionais de comércio exterior, destaca avanços na receita das exportações, que passou dos US$ 250 bilhões por ano, sem que, contudo, o país tenha vencido a modesta participação inferior a 2% do comércio mundial. Outro desafio lembrado pelo consultor está na pauta de vendas externas concentrada nas chamadas commodities – produtos agrícolas e minerais com cotação no mercado internacional, a exemplo de minério de ferro, café, carnes, açúcar e produtos siderúrgicos. “O país fez grandes avanços, mas precisa estimular a venda de itens de valor agregado e apoiar as iniciativas de pequenas e médias empresas.”