As montadoras comemoraram o corte de até 28% no preço da tarifa de energia elétrica para a indústria a partir do ano que vem e disseram que a medida anunciada pela presidente Dilma Roussef na terça-feira (11) é um "importante passo para a adoção de efetiva política de redução dos custos industriais no País". De acordo com nota divulgada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o corte na tarifa vai aumentar a competitividade da produção brasileira de veículos.
A Anfavea afirma que, atualmente, o custo da energia elétrica para a indústria na Europa é, em média, 40% menor do que no Brasil. Enquanto as montadoras brasileiras gastam 0,10 euro por quilowatt-hora (kWh), no continente europeu o custo é de 0,06 euro/kWh. No México, o preço é de 0,05 euro/kWh e na Argentina, de 0,04 euro/kWh. Os dados são da consultoria PricewaterhouseCoopers.
Apenas na montagem de um carro do tamanho médio as empresas do País gastam, em média, 1.379 kWh (energia elétrica, gás natural, GLP e óleo), mas de acordo com a Anfavea a maior parte da energia é consumida pela indústria de autopeças. "Na longa e complexa cadeia automotiva, o custo de energia tem sido fator de elevação dos custos industriais e da perda da competitividade do setor, sobretudo no mercado externo", afirma a entidade.