O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse hoje que é preciso “evoluir na questão do financiamento” por meio do cartão de crédito.
Tombini lembrou que o percentual mínimo da fatura a ser paga pelo consumidor é 15%. “Gostaríamos de pagamento mínimo muito maior. Mas, no curto prazo, [isso] criaria um problema para as pessoas que estão nesse processo [de pagar apenas o percentual mínimo]”, disse em audiência pública do Senado, em resposta a questionamento sobre as altas taxas do crédito rotativo dos cartões.
O BC chegou a anunciar medida de aumento desse pagamento mínimo para 20%, no final de 2011, mas recuou da decisão. Segundo Tombini, em 2011, do fluxo de R$ 420 bilhões de compras com cartão de crédito, cerca de R$ 40 bilhões referem-se a crédito rotativo.
Tombini disse ainda que o setor de cartões de crédito tem peculiaridades no Brasil, diferentemente de outros países, como o parcelamento, sem juros, pelos lojistas, com prazo médio de 3,6 meses. Esse parcelamento, que em 2011 chegou a cerca de R$ 200 bilhões, é um benefício ao consumidor, na avaliação do presidente do BC. Ele disse ainda que, em média, os consumidores pagam a fatura em 26 dias, sendo que o prazo máximo é 40 dias.