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Estado de Minas

Lula debaterá crise do etanol com Dilma, diz ex-ministro


postado em 12/09/2012 19:11

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preocupado com a crise do etanol e vai falar com a presidente Dilma Rousseff em defesa do programa brasileiro de bioenergia. O ex-presidente reuniu-se nesta quarta-feira durante duas horas com seu ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas, para se inteirar da situação do setor.

O encontro, no Instituto Lula, em São Paulo, foi convocado pelo ex-presidente. Rodrigues defendeu o aumento no preço da gasolina como medida emergencial para aliviar a crise no setor, um dos mais importantes do agronegócio brasileiro, e que vem operando no vermelho. "O preço da gasolina está trancado há seis anos e segura o preço do etanol, sacrificando o produtor", disse Rodrigues.


Segundo ele, a confirmação do etanol como matriz energética depende de ações do governo. O setor, que há cinco anos viveu um ciclo de expansão, com os incentivos à instalação de usinas e expansão dos canaviais, vive agora momento de forte depressão, segundo Rodrigues. "O Brasil não pode jogar fora um patrimônio como esse. Como a gasolina limita o preço do álcool, é preciso subir o preço do combustível fóssil se quiser que a o etanol continue sendo interessante para o consumidor e para o País."

De acordo com o ex-ministro, Lula ouviu as explicações com muito interesse. "Ele agora vai tomar as providências dele", disse. Ocupado com as eleições municipais em que se converteu em cabo eleitoral de candidatos petistas, Lula deve conversar com a presidente Dilma sobre o tema, mas não vai defender um aumento imediato no preço da gasolina.

O próprio ex-ministro reconheceu que, de forma isolada, o aumento no combustível não resolve todo o problema. "Precisamos definir qual será a nossa prioridade em termos de matriz energética", disse. A presidente Dilma Rousseff, que anunciou a redução no preço da energia elétrica a partir de fevereiro de 2013, já tem sobre a mesa a questão do realinhamento no preço dos derivados do petróleo.


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