Em menos de uma semana, três categorias anunciaram greve por tempo indeterminado no estado e a população já enfrenta dificuldades para pagar as contas em dia. Ontem, os bancários de Belo Horizonte e Região Metropolitana decidiram em assembleia entrar em greve a partir da próxima terça-feira (18). Os trabalhadores consideraram insuficiente a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 6%.
Segundo o Sindicato dos Bancários de BH e Região, a proposta representa apenas 0,58% de aumento real. A categoria quer 5% de aumento real, o que significa 10,25% de reajuste salarial. A categoria quer ainda maior participação nos lucros e resultados e revisão do piso salarial para R$ 2,4 mil.
Os bancários de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Campo Grande, Alagoas, Piauí, Mato Grosso e Campinas, dentre outros, também rejeitaram a proposta da Fenaban e aprovaram greve nacional a partir da próxima terça-feira por tempo indeterminado. Eles voltam a se reunir em assembleias na próxima segunda-feira.
Bancos sem dinheiro e correspondências atrasadas
Os Correios também decretaram greve por tempo indeterminado para reivindicar reajuste salarial de 43,7%, comprometendo a entrega das correspondências. O sindicato que representa a categoria informou que vai realizar uma assembleia na tarde desta quinta-feira para definir os rumos do movimento. A diretora do Sintect-MG, Irani Fernandes Leandro, calcula que cerca de 30% dos trabalhadores na Grande BH estão parados. “A greve está crescente aqui na capital e se expandindo para o interior”, disse.
Em nota, a empresa informou que ingressou nesta quinta-feira com dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST) em Brasília em vista da greve e do esgotamento das negociações com os trabalhadores.