A matriz ideal de transportes para o país nos próximos 10 anos, ou seja, em 2023, seria formada por 35% de ferrovias e 29% de rodovias. A avaliação foi feita nesta quinta-feira pelo secretário de Política Nacional do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato. Os demais ficariam por conta de outros modais como hidrovias, por exemplo.
De acordo com ele, esta é a composição da matriz de transportes a que o Brasil deverá chegar até 2023 se for mantido o fluxo de investimentos programados. Isso significa dizer que nos dois modais principais, a ferrovia terá que subir de uma participação atual de 25% no total para 35% até 2023 enquanto que as rodovias que hoje beiram os 60%, deverão cair para 29% da matriz mesmo com os investimentos.
Perrupato destacou que boa parte dos investimentos previstos para as rodovias será destinada à ampliação e duplicação da malha já existente e não só para a construção de mais estradas. Sobre as críticas comuns de que o Brasil é um país "rodovianista", o secretário disse que são erradas. "É errado dizer isso porque no Brasil a malha rodoviária não chega a 300 mil quilômetros se juntarmos todas as jurisdições", rebateu o secretário, lembrando que nos Estados Unidos a malha rodoviária é de 1,5 milhão de quilômetros. "Se comparar com o Brasil chega a ser ridículo", afirmou.