O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o setor de transporte rodoviário, que pagará alíquota fixa de 2% sobre seu faturamento para desonerar a folha de pagamento no lugar da contribuição do INSS, será beneficiado, já que o governo quer evitar o aumento do custo do setor com essa medida. "Sabemos que o transporte coletivo tem impacto grande na inflação. Todo início de ano, as prefeituras acabam aumentando a remuneração de transporte. Vamos evitar um aumento ou minimizar o aumento de custo de transporte. A medida contribui para uma inflação menor" disse o ministro nesta quinta-feira.
Segundo Mantega, os setores contemplados pelo benefício se comprometeram a repassar para os preços essa redução de custos. "São, de certa forma, obrigados a repassar porque sofrem a concorrência de produtos importados", disse. Ele salientou ainda que o setor de papel e celulose é forte no Brasil, mas que tem enfrentado a concorrência dos preços internacionais baixos. O ministro também mencionou o setor de fármacos e medicamentos. "A indústria nacional busca se firmar e a concorrência internacional é muito forte".
Mantega salientou ainda que o setor de transportes como um todo emprega muito e que, por isso, todo ele será beneficiado. Sobre cerâmica, salientou que o Brasil está sofrendo forte concorrência dos produtos asiáticos. "Vamos enfrentar melhor o produtor externo (com as medidas de hoje)".