A atividade econômica brasileira registrou crescimento de 0,42% em julho, na comparação com junho deste ano. É o que mostra o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), dessazonalizado (ajustado para o período), considerado o mais adequado pelos economistas para esse tipo de comparação.
O crescimento em julho foi menor do que o registrado no período anterior, na comparação entre junho e maio deste ano, quando houve expansão de 0,61%, de acordo com os dados revisados divulgados hoje (14).
Em relação a julho do ano passado, sem ajuste sazonais, houve expansão de 2,34%. Nos sete meses do ano, o IBC-Br registrou crescimento de 1,08% (sem ajustes), na comparação com igual período de 2011. Em 12 meses encerrados em julho, o IBC-Br, sem ajustes, registrou expansão de 1,24%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar e antecipar como está a evolução da atividade econômica brasileira. O índice incorpora informações sobre o nível da atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária.
O acompanhamento do indicador é considerado importante pelo BC para que haja maior compreensão da atividade econômica e contribui para as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic. O Copom tem reduzido a taxa básica como uma forma de estimular a atividade econômica brasileira, que enfrenta efeitos da crise econômica internacional. Os cortes têm sido feito desde agosto do ano passado. Atualmente, a Selic está em 7,5% ao ano.
O governo também tem adotado outras medidas de estímulo. A mais recente, anunciada esta semana, é a redução do custo da energia elétrica. Em agosto, foi lançado um programa de concessões de rodovias e ferrovias. O Ministério da Fazenda também anunciou o aumento no limite de contratação de operação de crédito para estados.
Este ano, o governo também reduziu impostos para estimular a venda de eletrodomésticos, móveis e carros e anunciou medidas para agilizar as compras governamentais. Também houve redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), usada em financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de 6% para 5,5%.
A economia em ritmo mais lento tem levado à revisão das estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Ontem (13) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a projeção para a expansão do PIB caiu de 3% para 2%.
Em junho, o BC revisou a projeção para este ano de 3,5% para 2,5%. Ao final deste mês, vai divulgar estimativa mais atualizada para a expansão econômica. Para o BC, a economia está em ritmo gradual de retomada do crescimento.
Já as instituições financeiras consultadas todas as semanas pelo BC esperam crescimento de 1,62%, este ano.