A produção industrial nos Estados Unidos caiu 1,2% em agosto, registrando sua maior queda desde março de 2009, segundo dados divulgados hoje pelo Federal Reserve, o banco central norte-americano. O declínio foi consideravelmente maior do que o esperado por analistas consultados pela Dow Jones, que previam um recuo de 0,3%. O dado de julho foi revisado para mostrar aumento de 0,5%, em vez de alta de 0,6%, como informado anteriormente.
O furacão Isaac, que comprometeu a produção no Golfo do México no mês passado, teve um impacto de 0,3 ponto porcentual na produção geral da indústria.
A utilização da capacidade diminuiu para 78,2% em agosto, de 79 2% em julho. Essas taxas de operação permanecem abaixo da média registrada entre 1972 e 2011, ligeiramente acima de 80,0%. Economistas esperavam que a taxa de utilização alcançasse 79,0% em agosto.
O setor de manufaturados teve retração de 0,7% em agosto, após expandir 0,4% no mês anterior. Na comparação com agosto de 2011, a atividade manufatureira avançou 3,8%, enquanto a produção industrial global cresceu 2,8%, segundo o Fed.
A maioria dos setores manufatureiros registrou perdas em agosto. A produção de veículos e autopeças caiu 4,0%, após um ganho de 2 7% em julho. Excluindo o setor automotivo, a produção manufatureira recuou 0,4%, ante um avanço de 0,2% no mês anterior. A produção de bens de consumo teve um declínio de 1,2% em agosto, com quedas de 0,2% em equipamentos para empresas e 0 1% em materiais de construção.
Estoques - Os estoques das empresas dos EUA subiram 0,8% em julho, para o valor sazonalmente ajustado de US$ 1,592 trilhão, informou o Departamento do Comércio. A alta, que foi a maior desde janeiro, superou a previsão dos economistas consultados pela Dow Jones de +0,4%. As vendas aumentaram 0,9%, para o valor sazonalmente ajustado de US$ 1,241 trilhão, o maio aumento desde dezembro.
O relatório mostrou que os estoques das varejistas cresceram 1 1% em julho, com alta de 2,7% nos estoques de veículos motores e autopeças em comparação com junho e de 20,7% sobre julho do ano passado. Excluindo o setor automotivo, os estoques das varejistas aumentaram 0,5% em julho. Entre as empresas manufatureiras os estoques subiram 0,5%, enquanto os estoques das atacadistas cresceram 0,7%.
Os números sobre estoques são usados para calcular o Produto Interno Bruto (PIB). A mudança nos estoques privados reais - que inclui os estoques das varejistas - subtraiu 0,23 ponto porcentual do crescimento de 1,7% do PIB no segundo trimestre deste ano. No primeiro trimestre a dedução foi de 0,39 ponto porcentual. A relação entre os estoques e as vendas, que mede quantos meses demoraria para uma empresa acabar com seu estoque, diminuiu para 1,28 em julho, de 1,29 em junho.
Sentimento do consumidor - O índice de sentimento do consumidor dos EUA, medido pela Reuters/Universidade de Michigan, subiu para 79,2 na leitura preliminar de setembro, de 74,3 em agosto. Analistas ouvidos pela Dow Jones esperavam uma leitura de 74,0. O índice das condições atuais caiu para 88,3 em setembro, de 88 7 em agosto, e o índice de expectativas saltou para 73,4, de 65 1. A pesquisa mostrou também que em setembro as expectativas de inflação em um ano caíram para +3,5%, de +3,6% em setembro. Para cinco anos, as expectativas de inflação anual recuaram para +2 8%, de +3,0%. As informações são da Dow Jones.