A agência de classificação de risco Egan-Jones rebaixou hoje o rating dos Estados Unidos de AA para AA-, citando a terceira rodada de relaxamento quantitativo (QE3, na sigla em inglês) anunciada ontem pelo Federal Reserve, o banco central do país.
"O QE3 do Fed vai impulsionar o mercado de ações e os preços das commodities, mas, na nossa opinião, o programa vai prejudicar a economia dos EUA e, por consequência, sua qualidade de crédito", diz o comunicado da Egan-Jones. Segundo a agência, o QE3 vai causar uma desvalorização do dólar e aumentar os preços das commodities, pressionando a rentabilidade das empresas e reduzindo o poder de compra dos consumidores.
"De 2006 até agora, a dívida dos EUA passou de 66% para 104% do PIB, e provavelmente subirá para 110% daqui a um ano, sob as atuais circunstâncias", afirma a agência, apontando que a Espanha tem uma dívida de 68,5% do PIB.
Após meses de sinalizações, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) informou ontem que vai comprar US$ 40 bilhões por mês em títulos lastreados em hipotecas (MBS, na sigla em inglês) emitidos por agências do governo, em um programa sem previsão de término. Além disso, o programa Operação Twist, por meio do qual o Fed vende títulos de menor prazo que estão em sua carteira e compra papéis com vencimento mais longo, foi mantido. E o banco central prorrogou para meados de 2015 sua previsão para a manutenção da taxa básica de juros em níveis excepcionalmente baixos.