O secretário Executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que o governo está atento aos eventuais efeitos que a terceira edição da política de afrouxamento quantitativo (QE 3, na sigla em inglês), que o Federal Reserve adotou nos Estados Unidos. "Vamos observar como isso pode nos atingir. São US$ 40 bilhões por mês que tendem a ficar boa parte restrita à economia americana", disse. "Mas se uma parte desses recursos vem para cá isso pode trazer uma pressão de apreciação sobre o câmbio indesejável", disse. "Tomaremos todas as medidas necessárias para não deixar o câmbio apreciar ainda mais", destacou.
Barbosa ressaltou que o governo monitora o mercado de câmbio em várias frentes, entre elas a evolução das operações de derivativos e o próprio fluxo de capitais que ingressam no País que procuram investimentos em ativos de renda fixa, especialmente os relacionados a títulos públicos.
"Vamos ver como essa questão no futuro próximo. O que posso dizer é que medidas na área de câmbio são adotadas e depois explicadas, não são previamente anunciadas", destacou. Barbosa não especificou se a primeira frente de ataque do governo para evitar o câmbio apreciado seria a compra de dólares no mercado futuro ou a adoção de medidas fiscais, como as relacionadas ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).