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Estado de Minas

Indústria terá R$ 9,1 bi das desonerações, diz Barbosa


postado em 17/09/2012 12:57

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse nesta segunda-feira que dos R$ 12,8 bilhões em desonerações em folha de pagamento para empresas que será registrado em 2013, R$ 9,1 bilhões serão destinados ao setor manufatureiro. "Isso dá a dimensão de quanto o governo está atento à importância da indústria para a economia", comentou, durante fórum promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo.

Barbosa também ressaltou que a redução dos custos de energia para as empresas é muito importante para melhorar a competitividade das companhias que atuam no mercado nacional. "Preço de energia é tão importante quanto câmbio", ponderou.

Segundo ele, no Brasil é possível e necessário combinar medidas de estímulo da demanda agregada, dado que o País está crescendo abaixo do seu potencial desde 2011, e de diminuição de despesas de produção das empresas, o que ampliará o espaço financeiro do setor produtivo para ampliar os investimentos.

Câmbio

Para o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, a atual taxa nominal de câmbio no Brasil, de R$ 2,00 a R$ 2,05, "ainda é muito apreciada", apesar do recente movimento de queda da cotação do real ante o dólar."Temos um desafio que é consolidar novo patamar de juro real e evitar apreciação excessiva cambial". "A taxa de juro real de 1,70% é baixa para o Brasil em níveis históricos, mas é muito alta em relação ao que existe hoje no mundo", destacou. Entre todos os países do G-7 a taxa de juros descontada a inflação é negativa.


De acordo com Barbosa, a decisão do governo de mudar a taxa de remuneração da caderneta de poupança eliminou um "certo limite" que havia para a redução dos juros nominais no Brasil. "Sem isso agora são as condições econômicas que determinarão para onde vão as taxas de juros", comentou, ressaltando que a taxa de juro real no Brasil tem condições de baixar um pouco mais em um horizonte de tempo que ele não especificou.

Barbosa ressaltou que o regime cambial no Brasil é flutuante e ressaltou que não sabe para onde ele vai. "Contudo, certamente não podemos deixá-lo apreciar ainda mais. O câmbio ", destacou. "O câmbio quando varia muito para baixo ou para cima é negativo para a economia", apontou. "A taxa nominal de câmbio hoje é parecida ao que havia em meados de 2008", destacou.

O secretário executivo não avaliou se a atual cotação entre R$ 2 00 e R$ 2,10 é objetivo do governo e se ela é confortável para lidar com a ajuda à indústria, sem provocar alta do IPCA. "O câmbio no atual patamar não traz preocupações em relação à inflação", disse.


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