Os portos e as refinarias de Portugal foram afetados nesta segunda-feira por paralisações de funcionários em protesto contra as medidas de austeridade do governo. Dezenas de caminhões formaram uma fila no Porto de Lisboa, o maior do país, enquanto marítimos e pilotos declararam 48 horas de greve nacional a partir de hoje. O governo disse que as operações não foram totalmente interrompidas, mas foram prejudicadas.
A greve atingiu as refinarias de Sines e Matosinhos, mas o governo afirmou que não existe risco de desabastecimento de combustíveis. Segundo o sindicato dos petroleiros, citado pelo canal local de televisão TVI24, mais de 90% dos petroleiros aderiram à greve.
O Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, que supervisiona o setor, informou que várias entregas de mercadorias foram reprogramadas para evitar a paralisação. Os estivadores e o pessoal administrativo dos portos deverão fazer greve mais para o final da semana.
A Galp Energia, a estatal nacional de petróleo, disse que os trabalhos foram afetados nas duas refinarias, embora não interrompidos, por causa da greve. Os petroleiros protestam contra o fim da estabilidade trabalhista e a perda de outros direitos.