De todas as unidades da federação, apenas os trabalhadores formais de dois Estados e do Distrito Federal tiveram perda de renda no ano passado na comparação com 2010, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em Roraima, a perda foi de 0,60%, para R$ 2.054,95. No Amapá, a queda foi de 1,89%, para R$ 2.224,54, e, em Brasília, foi ainda maior, de 2,63%, para R$ 3.835,88.
Apesar da queda, os trabalhadores do DF ainda são os que possuem o maior salário médio do País. Já o menor foi constatado no Ceará, de R$ 1.367,79. O secretário substituto de política pública e emprego, Rodolfo Torelly, explicou que no DF houve diminuição dos pagamentos de setores vitais para a região, como administração pública e construção civil.
"Por que a construção civil? Não caiu emprego, mas caiu a remuneração. É o perfil dos trabalhadores", disse. Segundo ele, a queda real, já descontada a inflação, do valor dos pagamentos para empregados deste setor foi de 4,98% em 2011 na comparação com o ano anterior. Na administração pública a queda foi de 3 91%.
A queda na remuneração na construção também influenciou resultados no Amapá, já que os pagamentos nesse segmento caíram 31,20% de 2010 para 2011. Outro ramo que apresentou comportamento negativo para o Estado foi a agropecuária (-9 67%). Em Roraima, a queda foi puxada, de acordo com o secretário por redução de 14,25% dos pagamentos da área extrativa mineral.