Está cada vez mais distante a possibilidade de a Foxconn instalar uma fábrica em território mineiro. Nessa terça-feira, a empresa taiwanesa anunciou que vai abrir uma nova unidade industrial em Itu, no interior paulista, no ano que vem. A companhia vai investir R$ 1 bilhão na fabricação de componentes para tablets, smartphones e outros produtos eletrônicos. O protocolo de intenções será assinado pelo presidente da Foxconn no Brasil, Henry Cheng, e pelo presidente da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe São Paulo), Luciano Almeida, amanhã. De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais, Dorothea Werneck, no entanto, o empreendimento não elimina a possibilidade de Minas Gerais receber outra unidade da empresa. “A Foxconn já estava trabalhando com ideia de trazer dois invesimentos novos para o Brasil. Em Itu serão fabricados produtos finais. A unidade esperada em Minas é de uma indústria básica”, sustenta.
A empresa taiwanesa congelou os planos de trazer sua fábrica para Minas depois de ter solicitado reserva de mercado no país, pedido que enfrentou a resistência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Pode ser que eles avaliem que vale a pena instalar a fábrica, mesmo sem a reserva de mercado, mas pode ser que ocorra o contrário”, observa Dorothea Werneck. A Foxconn tem uma unidade em Jundiaí (SP), onde monta os produtos da Apple. Além dessa planta, tem outras quatro unidades no estado de São Paulo e três em outras unidades da Federação. O plano da Foxconn é que o início da produção em Itu ocorra em 2014, atingindo capacidade plena em 2016.
Incentivos
A empresa adquiriu um terreno de 1 milhão de metros quadrados às margens da SP-308, a chamada Rodovia do Açúcar. De acordo com Almeida, a empresa taiwanesa não terá benefícios fiscais especiais do governo paulista para montar o complexo em Itu, apenas os incentivos já previstos em lei estadual, que instituiu o Programa de Incentivo ao Investimento pelo Fabricante de Produtos da Indústria de Processamento Eletrônico de Dados (Pro-Informática), entre eles a utilização de crédito de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na compra de bens e mercadorias de investimentos. A empresa terá de obter o licenciamento ambiental para o local da construção. O governo paulista fará intermediação entre a empresa, a prefeitura local e as concessionárias para a criação da infraestrutura do parque industrial – iluminação pública, rede de água e esgoto e vias de acesso. (Com agências)