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Estado de Minas

Greve dos bancários entra no 2º dia e categoria prepara protestos em BH

Ontem, os serviços foram interrompidos em cerca de 70% das agências da capital mineira


postado em 19/09/2012 10:56 / atualizado em 19/09/2012 11:32

Com as agências bancárias fechadas, clientes podem usar os terminais de autoatendimento, que continuam funcionando.(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Com as agências bancárias fechadas, clientes podem usar os terminais de autoatendimento, que continuam funcionando. (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
A greve dos bancários entra hoje no segundo dia, sem data para terminar. Na manhã desta quarta-feira, as agências públicas e privadas permanecem fechadas no Centro da capital e em bairros da Região Centro-Sul e Oeste. À tarde, o sindicato que representa a categoria prevê mais um protesto às portas da Agência Séculos, na Praça Sete, como forma de mobilizar os trabalhadores.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) informou que 5.132 agências e centros administrativos nos 26 estados e no Distrito Federal foram fechados no primeiro dia. Na Grande BH, os bancários interromperam os serviços em cerca de 70% das unidades da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Banco do Brasil e em pelo menos 37 agências das instituições privadas, segundo balanço do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região. A adesão começou na área central da cidade e se alastra para os bairros. No Santo Agostinho, na Região Centro-Sul, e no Gutierrez, na Oeste, já era possível encontrar unidades com as portas fechadas.

O Procon alertou que o consumidor deve pagar faturas, contas, boletos bancários ou outros tipos de cobrança. Com as agências bancárias fechadas, clientes podem usar os terminais de autoatendimento, que continuam funcionando.

Outra orientação é que o consumidor entre em contato com as empresas para solicitar outras opções de pagamento. O pedido deve ser documentado, seja por e-mail ou número de protocolo de atendimento, para o caso de posterior reclamação. Caso o consumidor se sinta prejudicado pela greve dos bancários, pode fazer uma reclamação no Procon de seu estado.

Os bancários reivindicam reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%), piso salarial de R$ 2.416,38 (atualmente é R$ 1,4 mil), participação nos lucros e resultados e outros benefícios.

Correios

A paralisação dos funcionários dos Correios que já dura 10 dias ganhou força nacional a partir de hoje. O que significa que cerca de 117 mil trabalhadores devem abandonar seus postos. Os Correios informaram que apenas 2,2% do quadro de funcionários em Minas Gerais, hoje com 11.259 empregados, aderiu ao movimento. Hoje está prevista audiência de conciliação entre as partes na sede do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Caso um acordo não seja fechado, diz a nota publicada no site dos Correios, a empresa tem um plano de contingência para garantir a prestação de serviços à população durante a paralisação. "Entre as medidas que a empresa poderá vir a adotar estão: realocação de empregados das áreas administrativas, contratação de trabalhadores temporários, realização de horas extras e mutirões para triagem e entrega de cartas e encomendas nos finais de semana", diz o texto. (Com agências)


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