O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, pediu nesta quinta-feira à União Europeia (UE) que reconheça o país como economia de mercado, no início em Bruxelas da 15ª reunião UE-China.
O chefe de Governo chinês lamentou o fato dos europeus não reconhecerem o país como "economia de mercado", um status com o qual a segunda potência econômica mundial poderia eliminar algumas barreiras comerciais impostas por concorrência desleal ("dumping").
De acordo com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), na qual a China ingressou em 2001, o país asiático deve receber o status completo de economia de mercado em 2016.
Mas Bruxelas aumentou as taxas de importação de alguns produtos fabricados na China, depois de acusar o país de vendê-los abaixo do preço de mercado.
A reunião de cúpula anual UE-China acontece em um contexto de tensão, com a esperança dos europeus de que Pequim ajude o bloco a sair de uma prolongada crises da dívida, poucas semanas antes da chegada ao poder de uma nova geração de dirigentes no país comunista.
Wen Jiabao também pediu o fim do embargo sobre as vendas de armas.
"Francamente, lamento profundamente a manutenção do embargo sobre a venda de armas", disse Wen diante dos presidentes da UE, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.
O embargo sobre a venda de armas foi imposto contra Pequim depois da violenta repressão das manifestações por democracia na Praça Tiananmen (Praça da Paz Celestial) de Pequim em junho de 1989.