Executivos do mundo do petróleo defenderam nesta quinta-feira, em painel na feira Rio Oil & Gas, o compartilhamento de informações na área de segurança entre todas as petroleiras e reguladores. Segundo a vice-presidente de segurança da Statiol, Helga Nes, muito aprendizado e colaboração já ocorreu entre petroleiras depois do acidente de Macondo, no Golfo do México, há dois anos. "São muitos os benefícios em se colaborar", disse.
Richard Morrison, vice-presidente global de resposta em águas profundas da BP, foi na mesma linha e defendeu a colaboração entre empresas e reguladores. A empresa era operadora do campo onde houve o megavazamento nos Estados Unidos. Segundo ele, a preocupação com segurança nunca é demais e os acidentes ocorrem quando há um sentimento de que os riscos estão todos controlados. "Se tiver mais o que fazer, por favor, me avisem", disse.
Helga disse que, no campo de Peregrino, onde a Statoil explora petróleo no Brasil, 1.600 trabalhadores foram treinados e a empresa procura identificar a importância de cada um no processo de forma a gerar comprometimento com as operações. Ela diz que a empresa quer ser reconhecida por uma forte cultura de segurança. O vice-presidente executivo da Shell John Hollowel disse que a colaboração entre fornecedores, operadores e reguladores é fundamental.