Em seu terceiro dia, a greve dos bancários continua crescendo e incomodando os mineiros. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), 8.527 agências permaneceram fechadas ontem no país – na quarta eram 7.324 unidade. Na Grande BH, o número somou 258 agências, de acordo com o Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região.
No Centro de BH, o aposentado Carlos Alberto Gonçalves visitou duas agências para conseguir devolver um cheque. Como resposta ouviu que seu problema só seria resolvido depois da greve. “Ano passado foram mais de 16 dias. Não sei quanto tempo vou ter que esperar”, reclamou. Assim como ele, quem encontrou as portas fechadas foi a modelista Eni Rocha Rodrigues que optou pelas agências do Centro para pagar uma conta. “Vou voltar com o dinheiro para casa e pagar amanhã (hoje) em uma das agências do Padre Eustáquio, que esta com expediente normal”, afirma.
Carteiros
Também em estado de greve permanecem os carteiros. Segundo a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), 91% do quadro continua trabalhando normalmente. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) contesta e afirma que, das 35 bases sindicais do país, 24 já aderiram ao movimento e 50% do quadro está em greve.
Em Minas, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Sintect-MG) afirmou que greve é fortalecida com a adesão de funcionários do interior. Segundo Valdete Pereira, um dos diretores do sindicato, a greve já é sentida também em Betim, Divinópolis, Ibirité, Conselheiro Lafaiete, Governador Valadares e Teófilo Otoni.