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Estado de Minas

Portugal terá reunião com sindicatos sobre previdência


postado em 23/09/2012 20:29

O governo de Portugal sinalizou que está disposto a desistir do controvertido plano de aumento das contribuições dos trabalhadores para a seguridade social com objetivo de reduzir custos trabalhistas para as empresas, depois que a medida causou polêmica nacional.

A mudança segue-se ao encontro de oito horas do influente Conselho de Estado do presidente Anibal Cavaco Silva, na sexta-feira, que contou com a presença do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, do líder da oposição (Partido Socialista) e de outros políticos portugueses.

Um comunicado divulgado depois da reunião disse que Passos Coelho estava aberto para buscar alternativas para a medida, uma das diversas que integram a nova rodada para cortar o déficit do país. O líder português tem reunião agendada com sindicatos e associações empresariais nesta segunda-feira.

Diante de socorro financeiro pedido no ano passado, Portugal tem de reduzir seu déficit orçamentário para 5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e para 4,5% do PIB no próximo ano, ante 7 7% em 2011, excluindo transferências de fundos de pensão de bancos para o governo.

Passos Coelho disse, na semana passada, que com início em 2013, os funcionários teriam de pagar 18% dos seus salários para o sistema de previdência, acima dos atuais 11%, permitindo às empresas cortarem suas contribuições de 23,75% para 18%.

Em uma resposta raivosa, milhares de pessoas participaram de marchas em pelo menos 40 cidades, nas maiores passeatas desde que Portugal aceitou o pacote de ajuda, em maio de 2011.

Sindicatos classificaram a medida como uma transferência injusta de recursos dos trabalhadores para as empresas. As associações empresariais disseram que a ideia tornariam impossível que as empresas mantivessem seus funcionários motivados.

O comunicado do conselho, na sexta-feira, disse que uma crise política foi evitada pela disposição do governo para discutir alternativas a esta medida.

Neste domingo, o líder do Partido Comunista, Jeronimo de Sousa, disse que novas medidas ainda iriam prejudicar os trabalhadores.


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