Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, pressionados por um indicador fraco sobre a economia da Alemanha e por novas preocupações com a desaceleração do crescimento da China, o que levanta receios sobre a demanda pela commodity. O euro em queda também contribui para o recuo do valor dos contratos.
O instituto IFO informou que o índice de confiança das empresas da Alemanha caiu pelo quinto mês seguido em setembro, contrariando estimativas de que ficaria inalterado em relação a agosto. O dado provocou queda do euro diante do dólar e, como os contratos são denominados em dólares, a valorização da moeda os tornou mais caros para portadores de outras divisas.
Também colaboram para o tom negativo do mercado nesta segunda-feira as preocupações com a Espanha e a Grécia, que ajudam a enfraquecer o euro. O declínio de hoje estende as perdas registradas no mercado de petróleo na semana passada, quando o brent recuou 4,5% e o WTI perdeu 6,2%, as maiores quedas semanais nos dois contratos desde junho.
Daqui para a frente os fundamentos deverão ser mais observados pelos participantes do mercado, já que acabaram as dúvidas sobre novas medidas de estímulo econômico pelos principais bancos centrais do mundo, segundo Andrey Kryuchenkov, analista do VTB Capital.
Mas, apesar das medidas de estímulo anunciadas recentemente, foram mal recebidos os comentários feitos no fim de semana por um consultor do Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país), que disse que não há sinais de uma recuperação na economia chinesa. O crescimento da China está perdendo força e cerca de 50% do aumento da demanda mundial por petróleo é gerado naquele país, de acordo com analistas da PVM.
Às 7h16 (de Brasília), o petróleo para novembro negociado na Nymex caía 1,49%, para US$ 91,51 por barril, enquanto o brent para novembro recuava 1,47% na ICE, para US$ 109,78 por barril. As informações são da Dow Jones.