Os índices futuros das bolsas americanas operam em queda no pré-mercado indicado que o pregão normal pode abrir em baixa nesta segunda-feira. O aumento da preocupação com Grécia e Espanha já provocava queda dos índices logo no início da manhã de hoje. As perdas se acentuaram com o anúncio do Índice Nacional de Atividade pelo Federal Reserve de Chicago. No pré-mercado, o Dow Jones recuava 0,34%, o Nasdaq perdia 0,76% e o S&P tinha queda de 0,38%.
A Europa mais uma vez assusta os investidores e afeta as bolsas do continente e as americanas. Nesta segunda-feira, vem da Grécia as notícias mais preocupantes. O país se prepara para apresentar um plano multibilionário de cortes orçamentários. Além disso, no final de semana, a revista alemã Der Spiegel voltou a informar que o rombo nas finanças públicas da Grécia pode ser maior do que o anteriormente previsto, chegando a 20 bilhões de euros, quase o dobro da estimativa anterior. O Ministério das Finanças da Grécia negou o conteúdo da publicação e disse que o déficit orçamentário do país está calculado em 13,5 bilhões de euros.
Ainda na Europa, a relutância da Espanha em pedir um pacote formal de socorro financeiro também causa apreensão no mercado. Em meio a rumores de que o país esteja considerando congelar pensões e aumentar a idade para aposentadoria, as atenções se voltam para as reformas estruturais e os planos do orçamento, que o governo espanhol deve anunciar na quinta-feira (27). Na Alemanha, o índice de confiança ao consumidor voltou a cair em agosto, ficando abaixo da estimativa dos economistas.
Já nos Estados Unidos, o Índice Nacional de Atividade caiu para -0,87 em agosto, da leitura revisada de -0,12 em julho. É o menor nível desde junho de 2011 e a sexta leitura consecutiva abaixo de zero, o que indica contração da atividade. Os indicadores de produção continuaram pesando sobre o índice geral.
Entre as empresas, ações de duas companhias conhecidas tiveram forte queda no pré-mercado. O Facebook recuava 5,8% e a Apple perdia 1,9%. No caso do Facebook, a queda é provocada por uma reportagem no final de semana da revista americana Barron dizendo que a ação da empresa está muito cara. O papel era negociado a US$ 21,53 no pré-mercado, bem abaixo do preço que a ação foi vendida em maio na abertura de capital (IPO, na sigla em inglês), a US$ 38. A Barron estima que o preço justo do papel é de US$ 15.
A Apple divulgou na manhã desta segunda-feira os dados das vendas do iPhone 5 no final de semana, período em que o novo celular chegou a redes de varejo americanas e a outros países. No período, foram vendidos mais de 5 milhões de aparelhos, um recorde, mas abaixo das estimativas dos analistas. O previsão era que fossem vendidos 8 milhões de celulares. Até o final do ano, o novo iPhone vai chegar a mais de 100 países, informou a empresa em um comunicado. As informações são da Dow Jones.